Quando criança, Karol Conka tentou descolorir a pele com água sanitária. A rapper contou ao "Saia Justa" (GNT) da última semana os episódios discriminatórios pelos quais passou na infância.

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"Meus pais me colocaram em um pedestal a partir do momento em que viram que tinha um problema em casa: uma criança de sete ou oito anos se molhando na água sanitária para descolorir a pele. Meu pai ficou indignado", disse.

Karol falou que sofria constantes humilhações na escola. Em uma das situações, a professora chegou a chamá-la de galinha da angola. "Contei para a minha mãe que ela zombava do meu cabelo, falava que eu era amaldiçoada porque nasci negra, que não tinha raciocínio lógico."

A experiência a fez pensar por que tantas pessoas negras do seu convívio abandonavam os estudos. "Meu pai tinha parado na quarta série, ele também sofria preconceito e achava a escola um saco, bateu nos coleguinhas e foi expulso. Minha tia a mesma coisa."

Para o Papai Noel, o pedido de final de ano era apenas um: se tornar branca. "Todos os dias eu pensava que ia se branca."