John Lennon teria completado 75 anos na última sexta-feira (9). Quase 35 anos após o assassinato do cantor, Yoko Ono, 82, sua viúva, debateu sua sexualidade em entrevista ao site americano "The Daily Beast".

Yoko, que recebe na próxima quarta-feira (14) o prêmio Icon no Attitude Awards por, entre outras coisas, apoiar a comunidade LGBT, disse ter discutido a bissexualidade com o antigo beatle.

"John e eu falamos muito sobre, basicamente sobre como achamos que todos nós devemos ser bissexuais e que não somos por causa da sociedade. Nós escondemos o outro lado de nós, que é menos aceitável. John e eu achávamos ótimo que as pessoas acreditassem que fôssemos bissexuais ou homossexuais", contou, rindo.

Enquanto Lennon ainda era vivo, surgiram boatos de que teria se envolvido com o empresário Brian Epstein. O cantor chegou a declarar que "era quase um romance, mas não exatamente. Nunca foi consumado, mas era uma relação bem intensa".

Anos mais tarde, Pete Shotton, amigo do antigo vocalista dos Beatles, disse que este lhe contou ter deixado que Epstein o masturbasse.

"A história que eu ouvi foi bem explícita e me fez crer que eles não fizeram sexo. Eles foram para a Espanha e, quando voltaram, vários repórteres perguntaram 'Vocês fizeram? Vocês fizeram?'. Então ele disse 'Eu fiz'. Não é incrível? É claro que ele diria isso. Eu tenho certeza que Brian Epstein tentou, sim", comentou Yoko Ono.

No entanto, a viúva do cantor diz acreditar que ele não correspondeu o desejo do empresário.

"Ele não queria fazer isso, eu acho. Acredito que ele tinha desejo [por homens]. Ele disse 'Não me importaria se houvesse um cara incrivelmente atraente'. Mas seria difícil: ele teria que ser não só atraente fisicamente, mas mentalmente também. E pessoas assim são difíceis de encontrar."

Segundo ela, no começo de 1980, ano em que foi assassinado, Lennon disse que teria sido capaz de transar com homens, mas nunca encontrou alguém atraente o suficiente. "Tanto John quanto eu éramos atraídos pela beleza", explicou a artista.