Michael J. Fox (Marty McFly), Christopher Lloyd (Doc Brown) e Lea Thompson (Lorraine, mãe de Marty, dependendo do ano) se reuniram em Londres para celebrar os 30 anos de "De Volta para o Futuro". E como já havia adiantado Robert Zemeckis, o astro também rechaçou um novo filme.

"Teria que ganhar muito para voltar àquele carro", declarou Fox, hoje com 54 anos, que foi alçado ao estrelado com o filme de 1985. O famoso DeLorean, aliás, foi motivo de muita dor de cabeça para o ator.

"Eu gostaria de ter um vídeo que mostrasse quantas vezes a porta daquele carro bateu no meu rosto", lembra com sofrimento. "Também era horrível de dirigir. Eram somente duas marchas e minha mão sangrava... minha cabeça também", confessa, sobre os traumas com o automóvel que funcionava como máquina do tempo. "E eu tinha que limpar tudo antes de ir gravar 'Caras e Caretas'", completa, citando a série que também fez sucesso nos anos 1980.

Apesar de ser cultuado por mais de uma geração de fãs, Fox admitiu que seus filhos não estão entre os adoradores do filme. "Eles não assistiram... ou, se assistiram, não me contaram."

O ator, que sofre do mal de Parkinson, admitiu que chegou a pensar em abandonar a carreira antes do papel de Marty McFly. "Eu pensava em trabalhar em um porto ou na carreira militar, como meu pai. Mas, de repente, eu me vi em um set ao lado de Steven Spielberg. O pior e melhor da minha carreira aconteceram ao mesmo tempo", disse Fox, que descobriu ter a doença em 1991, mas só divulgou anos depois.

Fox também comentou a amizade entre seu personagem e o de Christopher Lloyd, a quem se referiu como "gênio". "Quando você tem 17 anos, muita coisa parece impossível. O Doc mostrava ao Marty que as coisas eram possíveis. Ele o aceitava como ele era, e divide com ele aquela aventura."

Se não terão um novo filme, os fãs da franquia poderão ao menos se deliciar com um relançamento da trilogia em Blu-ray recheado de bônus em outubro de 2015, quando Marty visitava o futuro em "De Volta para o Futuro 2".