Casada há 14 anos com Jair Oliveira, Tania Khalill reconhece que sua situação é rara hoje em dia, mas afirma não saber qual o segredo para uma relação tão duradoura.

Os dois são pais de Isabela, 7, e Laura, 3, e moraram quatro anos juntos antes de se casarem, em 2005.

"Permanecer com alguém por tanto tempo, mesmo com as dificuldades, é algo cada vez mais raro. Na verdade, permanecer em qualquer coisa hoje em dia é um grande desafio. Coisas simples, como ter uma alimentação saudável já é difícil, imagina lidar com as emoções, os amores", comentou ela, em entrevista ao "F5".

Para Tania, a mudança de posição social das mulheres é um dos fatores que influenciou a nova dinâmica nas relações. Segundo ela, nem todo homem consegue lidar com a liberdade e independência das mulheres. "Esse negócio de masculino e feminino ainda é muito limitado às raízes", explica.

"Fico feliz de ter essa estrutura, mas sou a favor de estar junto enquanto se está bem. Não acho que tem que ficar por ficar", avisa.

A vida "caótica" do casal talvez seja um ponto positivo, diz ela. "A rotina de atriz é maluca, quando estou gravando novela vivo na ponte aérea. E o Jair tem viajado muito em turnê, então acho que a gente se entende, cada um na sua não-rotina", brinca.

"É um exercício, assim como em qualquer aspecto da vida. Segredo não tem! Se você descobrir, me conta [risos]. É paciência, amor, entrega e deixar o outro livre, não pode querer controlar, abafar a pessoa".

"Tive a sorte de ter minha família assim, meus pais são casados até hoje e os do Jair também eram, então acho que isso me ajudou a saber como são as dificuldades e também os prazeres de um casamento", conta.

Focada no espetáculo "Azul", que estreou na última sexta-feira (7), em Campinas (SP), a atriz diz considerar ainda possibilidade de ter um terceiro filho, mas diz que, por enquanto, isso não está entre os planos.

"Eu adoro ser mãe e sempre quis ter três. Mas agora não cabe. Até cabe mais uma criança, mas esse período de gestar está em outros lugares agora. No lado profissional e em cuidar das minhas crias. Mas quem sabe. Não quero agora, mas daqui um tempo acho que ainda dá para tentar".

ADEUS

Tantos anos de convivência com a família do marido tornaram difícil para ela superar a morte do sogro, Jair Rodrigues, que morreu em maio, aos 75 anos.

"A gente já tá conseguindo rir, lembrar das histórias dele. Ele era muito engraçado", lembra. "Dizem que demora dois anos para parar de pensar todo dia", lamenta.

Segundo ela, o fato de o cantor ter morrido de repente, pegou de surpresa a família, o que tornou o luto mais difícil de superar.