Polícia ambiental faz recolhimento de 153 cobras encontradas em casa no Paraná
Ação ocorreu nesta quarta (29) com ajuda de técnicos do Instituto Água e Terra
Um morador de Mandaguari, região noroeste do Paraná, entregou 153 cobras peçonhentas para a polícia ambiental e Secretaria Estadual da Saúde, nesta quarta-feira (29). Técnicos do Instituto Água e Terra de Maringá realizaram a operação de recolhimento na residência.
Em nota, a polícia militar do Paraná afirmou que a intenção do aposentado Dirley Bortolanza não era praticar maus-tratos, mas reforça que "a atividade de resgate não pode ser realizada sem a devida autorização, tampouco a manutenção de animais silvestres em cativeiro".
As cobras –sendo 152 cascavéis e uma jararaca– eram mantidas em sigilo. Segundo a polícia, como a entrega foi voluntária não há configuração de crime. "Quando acontece a entrega voluntária o cidadão não é enquadrado administrativa e nem criminalmente”, explicou Luciano José Buski, capitão da 3ª companhia da polícia ambiental.
Além de recolher os animais, a polícia contou com o apoio de biólogos do Instituto Água e Terra, que explicaram para o morador o perigo em manter cobras peçonhentas em casa. "Elas têm capacidade de inocular veneno e representam risco em acidentes pela picada. O veneno ocasiona diversos sintomas e pode matar caso não haja tratamento adequado."
De acordo Antonio Carlos Moreto, chefe regional do Instituto, os técnicos fizeram as devidas orientações para que não haja mais ações deste tipo. Agora os animais serão encaminhados para instituições parceiras em pesquisa e produção de soros antipeçonhentos, como o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI).
Vale lembrar que cobras peçonhentas só podem ser criadas para fins comerciais no caso de instituições com objetivo de pesquisa e produção de soro, ou com intuito de conservação, ou seja, quando o animal não pode voltar à natureza, segundo o Instituto Água e Terra.
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