Para ser bastante fiel ao filme de 1939, que marcou a história do cinema, a produção do musical "O Mágico de Oz" --que estreia nesta sexta (22) no Teatro Alfa-- resolveu colocar em cena, para o papel de Totó, três cães da mesma raça usada no longa-metragem: cairn terrier.

A decisão não foi das mais simples, já que esses animais não são facilmente adestrados. Para isso, a montagem contou com a ajuda de In-Coelum Perdigão, treinadora que já fez trabalhos para comerciais, teatro e televisão.

Sage, 3, Sergus, 4, e Donatella, 3, são os nomes dos bichanos que se revezam no palco e contracenam com Malu Rodrigues (que interpreta Dorothy, a dona de Totó). Mas, para a temporada paulistana da peça, Donatella só deve entrar em cena caso haja algum problema com um de seus colegas.

Veja vídeo sobre os cães da peça:

"Foi difícil no começo", diz Malu Rodrigues sobre atuar com os animais. "Eles são teimosos e fazem o que querem. Às vezes temos que lidar com um xixi na coxia ou algo parecido", explica a atriz.

No teatro, eles costumam chegar uma hora antes de cada sessão e contam até com um camarim próprio, adornado com adereços e brinquedos de gostos mais "caninos".

TERRY E JUDY

No filme de 1939, dirigido por Victor Fleming (de "...E o Vento Levou"), a cadela cairn terrier Terry foi quem contracenou com a atriz Judy Garland (Dorothy) como o cãozinho Totó.

Terry fez quase todas as cenas do longa, mas teve que ser afastada por duas semanas (sendo substituída por outro animal), porque o ator que interpretava um dos guardas da rainha pisou em sua pata.

Após as filmagens, Garland quis adotar Terry, mas seu dono não abriu mão do bichano.

A cadela, que tem até um perfil no banco de dados do site IMDb, faleceu em 1945, aos 11 anos.

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