Mesmo após ter problemas internos, participar de protestos golpistas, dar depoimentos homofóbicos e fazer com que a própria emissora tivesse de soltar uma nota de repúdio às suas falas, a atriz Cássia Kis, 64, deverá seguir com contrato renovado com a Globo após "Travessia". Segundo o site Observatório da TV, o canal renovou com ela até 2025 e Cássia já está escalada para fazer a terceira temporada de "Desalma".

Procurada, primeiro a Globo rebateu os rumores que circulam na internet de que ela seria dispensada ou não teria vínculo renovado após a atual novela das 21h. "Não procede, ela é contratada", disse, em nota. Depois, a respeito da possível extensão contratual, a emissora disse que não iria comentar. A atriz preferiu enviar um vídeo religioso à reportagem no momento em que foi perguntada sobre o assunto.

Apesar de não revelar a data final do vínculo de Cássia, a Globo informa que a artista não tem contrato por obra, postura que vem sendo costurada entre a emissora e muitos de seus talentos desde o ano passado.

Esta semana, mais um grande nome da dramaturgia entrou em atrito com Cássia, assim como já havia feito o ator Paulo Betti. Em entrevista à rádio portuguesa RFM, o ator e diretor Miguel Falabella, 66, detonou a postura da ex-colega de cena.

No bate-papo, relembrou momentos desagradáveis ao lado da atriz bolsonarista mesmo antes de toda sua adoração política. Segundo ele, um de seus maiores arrependimentos foi ter trabalhado ao lado dela.

"O que vimos hoje em dia, a pessoa que ela se transformou... Ela já era. Mas nós éramos mais jovens e preferíamos não ver aquele lado monstruoso, desumano", começou Falabella.

"Eu me lembro que ela fez coisas muito desagradáveis numa peça que fizemos juntos. E eu até na época falei: 'não é assim que se trata as pessoas'. Mas não tinha muito tempo para isso, era um elenco muito grande. E aí, finalmente, hoje em dia ela se mostrou exatamente como é", concluiu Falabella.