Maisa estreia talk show inspirada em Hebe e é comparada a Tatá Werneck com apenas 16 anos
Programa terá diversidade e não 'só um tipo de gente', diz atriz
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Ela tem 16 anos e trabalha desde os 3. Maisa Silva viveu a infância e adolescência sob os olhos dos espectadores, e com fama já acumulada, lança agora no SBT o seu próprio talk show: o Programa da Maisa.
Logo que o anúncio foi feito, a jovem foi comparada à humorista Tatá Werneck, que tem programa no mesmo estilo em emissora concorrente – o Lady Night, da Globo.
Mas Maisa garante que “não tem nada a ver”. “Eu também sou rápida nas sacadas, mas ela é uma humorista, uma comediante profissional, e eu não sou”, diz. “Ela é uma gênia, um robozinho. É perfeita”.
A adolescente explica que a abordagem de seu programa será diferente, voltado para toda a família, “principalmente porque ela [Tatá] é adulta, pode falar algumas coisas mais salientes e picantes”. “Mas todo mundo gosta do Lady Night, então se já estão comparando o meu programa ao dela, é porque vai ser bom”.
Antes previsto para se chamar "Maisera", o agora Programa da Maisa precisou mudar de nome a pedido de Silvio Santos, que enxergou o novo título com maior apelo publicitário.
Maisa faz dupla no programa com o humorista Oscar Filho, que fez sucesso no humorístico “Custe o Que Custar” (CQC) e também contracenou com a jovem em “Carrossel: O Filme" e sua continuação. “Ele é dono de um humor físico e é um homem, o que serve como contraponto para ela”, diz o diretor do Programa da Maisa, Lucas Gentil, também responsável por Bake Off e Júnior Bake Off Brasil.
No novo talk show, Maisa recebe em um sofá dois convidados por programa para uma conversa informal, com quadros que vão de exibição de arquivos do SBT até “respostas aos ‘haters’ da internet”.
Matheus Ceará, de “A Praça é Nossa”, e Fernanda Souza, ídolo de Maisa, estarão no episódio de estreia, neste sábado (16), às 14h15. “Ela estava na minha lista de pessoas que eu queria muito entrevistar”, diz Maisa sobre Fernandinha. “Ela não tem muito pudor para falar as coisas. Fala tudo e é geminiana, como eu. O papo rende muito.”
Também virão ao programa a cantora Gretchen e o apresentador Celso Portiolli, seguidos de Leo Dias e Carlinhos Maia, em uma tentativa de trazer o público da internet para a TV.
“É para ser um programa informal, casual. Um encontro de amigos”, lembra o diretor. Maisa apoia: “É mais como a Hebe. Parece que ela está recebendo as pessoas na casa dela, e eu quero que as pessoas se sintam assim no meu programa, acolhidas. Não como se eu estivesse querendo extrair informação”, diz a apresentadora.
“Tá do meu jeitinho. É a realização de um sonho. Chegou em um momento muito inesperado, porque ninguém imagina receber um programa de televisão para apresentar aos 16 anos. Assim como também com cinco anos, eu não esperava apresentar um programa. A minha vida é uma caixinha de surpresas, e eu me deparo com coisas maravilhosas, desafios gigantes”.
Mas a apresentadora garante que só aprendeu tudo isso por conta das experiências acumuladas. “Sempre digo que tive faculdade de TV com dois mestres, que são Raul Gil e Silvio Santos. Também convivi um pouco com a Hebe. Sou muito honrada de poder trabalhar com ícones da TV”, diz.
E, mesmo com o programa, confirma que continuará com trabalhos paralelos. “Sobre a minha carreira de cantora, acabou tá?”, brincou. “Esquece, está enterrada no túmulo, bem profundo. Mas a carreira de atriz eu não pretendo abrir mão. Acho que dá para conciliar os dois. Quero continuar fazendo filmes.”
Segundo Gentil, de uma coisa o SBT já tem certeza: Maisa é a grande aposta para esse ano. "Ela é a televisão de hoje e do futuro”.
DIVERSIDADE
Na trilha sonora do programa, Maisa terá músicas como “Buzina”, da drag queen Pabllo Vittar. Ela já deixou claro que trará seu ativismo das redes sociais para a TV.
“Acho importante, já que tenho esse espaço”, diz. “Não teria porque restringir a presença de certas pessoas no meu programa, até porque o SBT sempre foi uma emissora para a família, e as famílias são diferentes.”
A apresentadora diz que não irá proibir nenhuma pessoa de vir ao programa, e quer mostrar que qualquer um pode render uma boa entrevista. Ela acredita que trazendo gente diferente e usando um tom descontraído, pessoas que tenham algum preconceito possam começar a "olhar por outro lado”.
“A gente não quer fechar as portas para as pessoas. Quer abrir, trazer gente nova, fazer essa 'mistureba' e mostrar que o programa não vai ter só um tipo de gente”, diz Maisa. “As pessoas têm histórias diferentes para contar e todos têm pontos em comum”.
Ela conta que participou do projeto e elaboração do programa desde o ano passado, mas que não sabia se daria certo. Desde o começo, fazia questão de mostrar suas opiniões, "porque o programa leva o meu nome, tem que ter a minha cara, não pode ser feito de outra maneira".
Outra estratégia do programa, pensando nos jovens e na interação deles com a tecnologia, será o abastecimento de conteúdo digital em paralelo.
“Eu assisto muito mais filmes em plataformas de streaming do que na TV”, diz Maisa. Ela afirma que falta conteúdo para jovens na televisão, e que seu programa chega para preencher esse buraco. “A gente quer assistir aos ídolos no sofá. O próprio adolescente vai poder se identificar porque eu vou fazer perguntas que vocês fariam.”