De faixa a coroa
Descrição de chapéu Todas LGBTQIA+

Paulista Jessy Lira disputa maior mundial para misses transgênero; veja candidatas

Modelo representa o Brasil no Miss International Queen 2024, na Tailândia

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A paulista Jessy Lira é a representante do Brasil no Miss International Queen 2024 - Raffa Rodrigues

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São Paulo

Neste sábado (24) acontece na Tailândia a 18ª edição do concurso de beleza Miss International Queen (MIQ), que é exclusivo para mulheres transgênero. Ao final da cerimônia, que tem um formato similar aos tradicionais certames de miss, será coroada a sucessora da holandesa Solange Dekker, 28, vencedora da edição de 2023.

Um grupo de 22 misses disputa a coroa e também o posto de embaixadora da "Royal Charity AIDS Foundation of Thailand", fundação tailandesa em prol do combate à AIDS, que recebe anualmente a doação dos lucros do evento.

Segundo a organização, a missão do MIQ é conscientizar e promover a igualdade entre homens e mulheres LGBTQIA+ e transgêneros, em todos os sentidos. Vale registrar que a disputa sempre é realizada na cidade tailandesa de Pattaya, conhecida por suas belas praias.

A paulista Jessy Lira, 29, é a representante do Brasil, e está na Tailândia desde meados de agosto participando das etapas preliminares e agenda do concurso. Ela foi eleita em novembro de 2023 como a Miss International Queen Brasil ela, desde então, encarou uma rotina de preparação para a competição.

Ao mesmo tempo, a modelo manteve suas obrigações como integrante da área de facilities em uma grande empresa multinacional, com sede na capital paulista. A Miss Brasil é também socialmente engajada e atua como ativista contra a transfobia e LGBTQIA+fobia em seu canal no YouTube.

No concurso, as misses desfilam em traje de gala, traje típico e as finalistas respondem a perguntas do júri no palco. A final de hoje foi exibida ao vivo em TV local e pelo canal do concurso no YouTube, para todo o mundo.

MAIOR CONCURSO TRANS

Uma das competições nichadas mais conhecidas do universo dos concursos de beleza, o Miss International Queen surgiu em 2004 na Tailândia, país famoso por sua tolerância e aceitação a pessoas transgênero. A cultura trans é tão presente na sociedade tailandesa que a cirurgia de redesignação sexual é uma das especialidades da medicina do país, o que atrai pacientes do mundo todo.

A única brasileira que reinou no trono mundial foi a paulista Marcela Ohio em 2013. Além disso, o Brasil bateu quatro vezes na trave na luta pela coroa: ficou em segundo lugar com a pernambucana Aleika Barros (2007), com a carioca Jéssika Simões (2012), com a mineira Valeska Dominik (2015) e, mais recente, com a cearense Lavine Holanda (2017).

Com 20 anos de existência, o evento é considerado o maior concurso de beleza para mulheres transgênero no mundo. Apesar de sua periodicidade anual, ele não foi realizado em três ocasiões, por motivos distintos: em 2021, devido à restrições impostas pela pandemia de Covid-19; em 2017, em respeito à morte do rei tailandês Bhumibol Adulyadej; e, em 2008, por conta de conflitos políticos armados no país asiático.

Uma curiosidade é que, em 2010, quem defendeu o Brasil foi a estilista Michelly X, responsável por desenhar e produzir figurinos para famosos como Xuxa, Anitta, Ivete Sangalo, Pabllo Vittar e Gloria Groove. Em 2020, ela também assinou o traje típico da gaúcha Julia Gama no Miss Universo daquele ano, quando a representante brasileira ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a mexicana Andrea Meza.