De faixa a coroa

Ex-jogadora de vôlei adia aposentadoria como miss e retorna aos concursos

Bruna Zanardo representará o Brasil no Reina Hispanoamericana

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Depois de anunciar sua aposentadoria do mundo miss, a ex-jogadora profissional de vôlei Bruna Zanardo, 29, resolveu voltar atrás e fazer mais uma tentativa. A modelo revelou nesta semana que, em outubro, vai tentar trazer para o Brasil a coroa latina do Reina Hispanoamericana, que será realizado na Bolívia.

“Avaliei que faltava algo mais para finalizar a minha trajetória como miss. Estou na minha melhor versão, mais madura e tranquila, e acredito que nesse novo concurso terei a oportunidade de mostrar isso. É algo que eu amo e sempre me dediquei muito, e quero trazer uma coroa internacional para o nosso país”, disse ela, em conversa com a coluna.

Quando publicou a novidade em seu perfil no Instagram, onde tem mais de 91 mil seguidores, Zanardo aproveitou o momento para fazer um desabafo sobre sua paixão e trajetória no mundo miss. “É até clichê, mas ser miss realmente vai muito além de uma faixa e uma coroa”, disse.

“Só eu sei o quanto abdiquei para viver esse sonho miss, quantas críticas ouvi calada. Sofri e chorei, mas vibrei muito em cada passarela que pisei. É uma energia inexplicável carregar uma faixa que representa tanta coisa linda. Miss é sinônimo de evolução, amor e propósito!”, escreveu ela, que é natural da cidade de Laranjal Paulista, a 173 km da capital paulista.

O último concurso de Zanardo foi o Miss Brasil Supranational, realizado em dezembro de 2020, que teve a potiguar Deise Benício como vitoriosa. Na ocasião, ela bateu na trave e ficou em segundo lugar, e destacou que não ficou nenhuma por isso frustração, apenas aprendizados. Antes, ela já havia sido vice Miss São Paulo Universo, em 2017. “Eu sempre me dedico 100% em cada desafio. No Miss Brasil Supranational, meu aprendizado foi que sempre podemos ser melhores, e não deixar dúvidas disso”.

O convite do Reina Hispanoamericana veio da própria organização nacional do Supra, comandada pelo Concurso Nacional de Beleza (CNB). A empresa é parceira no Brasil de uma série de franquias mundiais e realiza as etapas de seleção no país ou aponta candidatas, como foi o caso de Zanardo.

O Reina Hispanoamericana não é um concurso muito conhecido no Brasil, porém faz parte de um circuito importante dentro do setor, que surgiu para celebrar a beleza hispânica e tem crescido de forma gradual. Com sede na Bolívia, a disputa acontece todos os anos na cidade de Santa Cruz de La Sierra, exceto 2004 e 2005 que foi em Cochabamba –este ano será celebrada a 30ª edição do concurso.

A atual titular é a mexicana Regina Peredo, coroada em 2019 —em 2020 não teve evento por causa da pandemia da Covid-19. Ao todo, cinco misses Brasil já venceram o concurso, criado em 1991.

“Acredito que o convite veio não só pelo meu recente bom desempenho, mas também pela minha longa história de dedicação e amor no meio miss. Toda a minha trajetória me trouxe para esse momento, e eu estou radiante e muito grata”, conta.

Entre as brasileiras candidatas, nomes conhecidos já passaram por lá. Entre elas estão a paulista Patrícia Godói (Miss Brasil Universo 1991), a goiana Jane Borges (Miss Brasil Mundo 2006), a mineira Tamara Almeida (Miss Brasil Mundo 2008), a amazonense Mayra Dias (Miss Brasil Universo 2018) e a carioca Gabrielle Vilela (Miss Brasil Mundo 2017 e Miss Grand Brasil 2018).

FAIXAS E MAIS FAIXAS

Bruna Zanardo é veterana no mundo miss e contabiliza uma coleção de cerca de 20 faixas, coletadas nos oito eventos nacionais e internacionais em que já concorreu. O Reina, portanto, será seu nono concurso.

Na lista estão, além do mais recente Miss Brasil Supranational 2020, o Miss Brasil Terra 2016, Miss Brasil Beleza Internacional 2017, duas vezes a etapa paulista do Miss Brasil Universo, em 2015 e 2017, além dos mundiais Miss Terra 2016, Miss International 2017 e Miss Intercontinental.

Em sua trajetória, a jovem possui então dois títulos de Miss Brasil em versões distintas, feito similar ao da gaúcha Júlia Gama, atual vice Miss Universo, que também concorreu no Miss Mundo em 2014.

“Os concursos de beleza apareceram na minha vida quando eu tinha 23 anos. Eu já era modelo e não conseguia me encaixar nos padrões rígidos do mundo da moda. Foi quando vi uma divulgação do miss, me interessei em ingressar nesse mundo e, desde então, não parei. Senti aquilo como um chamado. Por isso, a cada concurso que participo, me sinto mais realizada e feliz”, explica.

Antes disso, a postulante, que é apaixonada por esportes, já havia jogado vôlei profissional. Ela começou no esporte com apenas 15 anos, antes mesmo de ser recrutada por um olheiro de modelos, quando tinha 19. Atualmente ela é influenciadora digital e também estudante universitária de biomedicina, características consideradas positivas para misses.

“Acho que o meu diferencial é a bagagem e experiência que tenho. Me sinto mais preparada e mais completa para representar o Brasil em um concurso internacional”, afirma. “Minha relação com meu público sempre foi a melhor possível. Hoje mesmo recebi uma mensagem carinhosa de um fã que me viu na rua. Fico muito feliz quando recebo esse tipo de mensagem, porque entendo que sou importante na vida das pessoas.”