"Elas por Elas", grande clássico de Cassiano Gabus Mendes de 1982, ganhará nova versão na Globo, pelas mãos da dupla Alessandro Marson e Thereza Falcão. Os dois são autores de "Novo Mundo" e "Nos Tempos do Imperador".

Mais antiga que "Pantanal", a novela encontrará um grande número de pessoas que não conhece a história, pelo simples fato de não ter idade para ter visto a primeira versão. O enredo de sete amigas de escola que se reencontram após 20 anos, dando início a uma sequência de revelações que afetaram para sempre a vida de algumas delas, será atualizado para os dias atuais, mantendo portanto a proposta de uma história contemporânea.

Nenhuma das sete atrizes protagonistas da época —Eva Wilma, Esther Góes, Aracy Balabanian, Sandra Bréa, Maria Helena Dias, Mila Moreira, e Joana Fomm— viveu personagem que tenha ficado mais na memória do público do que Luis Gustavo, que interpretava então o atrapalhado e cômico detetive Mário Fofoca.

Dono de um característico paletó xadrez, o investigador rendeu à Globo um seriado no ano seguinte e ainda sobreviveu a um filme longa-metragem.

Esse é o alvo das apostas para o remake que vem aí. Quem seria um bom Mário Fofoca hoje? Luis Gustavo, o Tatá, emprestou ao detetive um quê de sedução, à sua moda, claro. Não que ele fosse sedutor, mas se achava bem-sucedido como tal. Mário Fofoca foi seu terceiro papel mais famoso, mas ainda perdia para Beto Rockfeller, um divisor de águas no folhetim brasileiro, e o Tio Vavá, do "Sai de Baixo".

Quem tiver sugestões, que as envie à Globo ou promova um fórum nas redes sociais.

Não por acaso, no momento em que se revela o plano de uma nova versão para a história de Cassiano, o GloboPlay lançou a produção original em seu catálogo, bem nesta segunda-feira (16). Consta que há capítulo faltando, e isso tem acontecido também com outras novelas antigas disponibilizadas pela paltaforma, mas o assinante não tem alternativa a não ser saltar para o episódio seguinte.

SABIA QUE CENSURARAM ATÉ ROBERTO?

Um episódio interessante de "Elas por Elas" foi a interferência da Censura Federal na novela, vetando a bela canção de Roberto Carlos, "Falando Sério". Os militares viram problema no verso "e apenas ser mais um na sua cama", vejam só. O próprio Luis Gustavo cantava a música para uma de suas paqueras.