BBB 23 bate recorde de patrocinadores e merchans: marcas em foco já são 30
Com novas oportunidades de publicidade, reality deve superar R$ 1 bi de faturamento
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A Globo colocou à venda 12 cotas de patrocínio para o BBB 23, um recorde na história do programa. E já vendeu todas.
Americanas, Amstel, McDonald’s, Pantene, QuintoAndar e Seara renovaram a parceria; as marcas Ademicon, Downy, Hypera Pharma e TikTok, que estiveram presentes em cotas e ações de conteúdo na última temporada, optaram por investir no patrocínio do reality em 2023; já Pague Menos e Stone são as estreantes no quadro de patrocinadores.
O programa também já garantiu a presença de outros anunciantes, por meio de cotas de participação e ações extras, entre eles, Ajinomoto, Braskem, Carrefour, Chevrolet, Chilli Beans, Claro, Coca-Cola, Doriana, Dove, Estácio, Nestlé, Óticas Carol, Piraquê, Rexona, Riachuelo, Samsung, Spotify e Zé Delivery.
A primeira chamada desta edição entra no ar na noite desta terça-feira, 27, e traz Tadeu Schmidt no papel de um corretor de imóveis, brincando com as particularidades da casa que sempre fica ocupada no primeiro trimestre do ano, sob os comandos de Boninho.
Estamos a 21 dias da estreia e só a soma do que foi vendido até agora já se aproxima dos R$ 800 milhões de faturamento. Divididas em três categorias, as cotas de patrocínio englobam Big, Camarote e Brother.
QUANTO VALE O SHOW?
A cota Big é mais cara e garante a visibilidade máxima no BBB, com patrocínio de provas, festas e outras dinâmicas. A presença da marca patrocinadora também contempla o Multishow e as mídias digitais. O plano do BBB 23 tem três cotas Big, com valor de tabela de R$ 105,1 milhões.
No segmento batizado como Camarote, são 4 cotas no valor de R$ 80,2 milhões cada, em Brother, 5 cotas de R$ 15,6 milhões cada. O grau de visibilidade muda de acordo com o custo. Só dessas 12 cotas, em tese, a Globo teria R$ 714 milhões, mas vale considerar que os anunciantes nunca pagam o preço cheio de tabela, ganhando sempre algum desconto que pode beirar os 10%.
Mas tem mais. Todo mundo sabe que a decoração do imóvel muda todo ano, e é interessante entender que toda a reciclagem daquele espaço atende também aos planos de venda do departamento comercial da Globo, dentro de uma variedade de opções que oferecem uma "jornada 360 graus customizada", segundo consta no projeto oferecido ao mercado publicitário.
Assim, além das 12 cotas principais, as marcas podem escolher a vitrine que lhes cabe melhor, com opções de estampar a lavanderia da casa por R$ 13 milhões (eletrodomésticos e produtos de lavagem de roupa), a cozinha (eletrodomésticos), por $8,8 milhões, ou a mesa (setor alimentício), por R$ 8,3 milhões.
Há ainda a chamada cota Make (de make up) para alimentar a vaidade dos candidatos, em especial das mulheres, com produtos de beleza, no valor de R$ 15 milhões. Isso não inclui produtos para cabelos, vendidos à parte, em cota que vale R$ 7,9 milhões, nem a cota desodorante, vendida a R$ 5 milhões. Bote na conta mais R$ 6,4 milhões para o setor automotivo, lembrando que sempre aparece um carro, ou mais de um, em provas que valem prêmios no jardim da casa.
Tem mais? Tem. O Top de 5 segundos terá uma marca exposta às terças, quintas, sextas e sábados, dias em que há eliminação e provas, e outro anunciante segundas, quartas e domingos, dias de confronto entre os brothers. Cada uma desembolsa por esse espaço a R$ 37 milhões.
Esse é o bolo concentrado no próprio programa, que ainda fatura nos intervalos comerciais com outras vendas. O BBB traz também dinheiro a outros programas da casa, como se sabe, e os anunciantes são convidados a patrocinar até o café da manhã do eliminado da semana no Mais Você, com Ana Maria Braga.
Tem ainda o Encontro, que se abastece das intrigas da casa diariamente, sem falar na reverberação de ações e conteúdos extras no Multishow e no GloboPlay. E ainda tem quem diga que não entende por que a Globo insiste no BBB...
CONTAGEM REGRESSIVA
A 23ª edição do Big Brother Brasil tem estreia marcada para 16 de janeiro e vai até 25 de abril, totalizando 100 dias de programa.
Na concepção da Globo, os bons resultados comerciais se devem à qualidade do programa, "que a cada ano se atualiza em sintonia com o público, ao intenso trabalho de escuta do mercado e ao olhar atento às preferências da audiência", informa a comunicação da emissora.
A ideia é que o BBB materialize o potencial da visão multiplataforma. As entregas comerciais atreladas ao BBB se estendem por todo ecossistema da Globo, que envolve o streaming, as redes sociais do programa e da empresa, os canais pagos e as plataformas digitais. Tudo isso serve como causa e efeito de um poder ainda mais cobiçado nesse meio: o BBB gera conversa entre o público, ganha eco nas ruas, e esse é o bem maior para os anunciantes que bancam a festa por mais de três meses.