Zapping - Cristina Padiglione

Copa 2022: Globo terá transmissão híbrida e equipe reduzida no Qatar

Tradicional grife da casa, Cléber Machado ainda é dúvida no time de enviados ao Oriente Médio

Galvão Bueno, Luís Roberto e Cléber Machado - João Miguel Júnior/Globo

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São Paulo

A equipe que a Globo enviará ao Qatar para a transmissão e cobertura da Copa que marca a despedida de Galvão Bueno da casa poderá ter outros desfalques além da ausência de Walter Casagrande Jr., agora colunista da Folha, que deixou a emissora no início do mês.

Parceiro de tantas Copas ao lado de Galvão, Cléber Machado também poderá passar longe do Qatar. Não está descartada a sua permanência no Brasil para fazer transmissão a distância, modelo previsto para este mundial.

Recentemente, a Globo produziu filmes publicitários para uma campanha voltada especialmente ao mercado anunciante, com o objetivo de seduzir novas marcas para patrocinar a transmissão do mundial do Qatar. Machado, que por anos foi apontado como principal narrador da Globo depois de Galvão, ficou fora de cena. É um contrassenso excluir de uma ação como essas o principal narrador de São Paulo, região de maior consumo do país, que justamente por isso concentra a maior fatia de verba publicitária do Brasil.

A coluna questionou a Globo há pouco mais de um mês sobre a equipe que seria enviada ao Qatar e recebeu a informação de que essa escala ainda não estaria definida. Há três dias, voltei a fazer a mesma pergunta, recebendo de volta a mesma resposta: ainda não foi anunciado o time que usará seu passaporte na ocasião. A Copa terá início em 21 de novembro.

OS ÚLTIMOS A SABEREM

Na emissora, consta que quem irá ao Qatar já foi comunicado, até por questões logísticas exigidas por uma viagem que pede alguma complexidade. Logo, quem ainda não sabe se irá cobrir o mundial in loco já prevê que não deixará o Brasil. No máximo, estará em cabines de transmissão off tube para narrar lances a distância.

A transmissão e cobertura das Olimpíadas de Tóquio, trabalho feito de acordo com as restrições impostas ainda pela pandemia, mostraram à Globo que era possível gastar menos com narrações a distância, sem comprometer de todo a qualidade alcançada em um trabalho presencial.

É a mesma coisa? Definitivamente, não é. Mas concluiu-se que é possível fazer um pouco menos por muito menos, e essa é a conta possível para o momento.

Com 34 anos de Globo, Machado tem sido preterido por outros profissionais do grupo, em especial do Rio de Janeiro, onde se concentra a chefia do departamento.

Nos últimos quatro anos, a Globo São Paulo tem perdido relevância nas decisões tomadas, funcionado como mera sucursal da sede carioca, sem voz de comando local.

DIVERSIDADE MÍNIMA

Ao mesmo tempo, a emissora pretende levar ao Qatar uma narradora, feito inédito em Copa do Mundo. Renata Silveira já teve seu nome anunciado na equipe que cobrirá o mundial de futebol pelo próprio Renato Ribeiro, diretor de esporters, durante a Rio2C, evento de audiovisual ocorrido em abril.

É uma conquista para as mulheres, mas a renovação do elenco visível na tela, pelo menos na Copa, para por aí.

Embora a Globo não confirme até agora, o nome de Luís Roberto, hoje apontado internamente como sucessor de Galvão Bueno na narração de jogos da seleção brasileira e das principais competições esportivas, também é dado como certo para a equipe que estará no Qatar.

Outra voz anunciada na Rio2C é a de Tiago Leifert, que volta ao grupo Globo para narrar partidas a serem exibidas pelo GloboPlay durante o mundial. Falta saber se ele ficará no Brasil ou também estará no Oriente Médio.

CLIMÃO

A recente saída de Casagrande do time de titulares no futebol da Globo, que perdeu várias grifes de 2018 para cá, e a indefinição sobre a agenda de profissionais que há décadas vestem a camisa da empresa têm gerado desânimo e instabilidade na área de esportes do grupo, especialmente em São Paulo.