BBB impulsiona o debate sobre diversidade nas redes
Com Lina, Tiago e Natália, transfobia, gordofobia e racismo pautam conversas
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Desde antes de sua estreia, o Big Brother Brasil tem pautado debates nas redes sociais: primeiro, com as especulações sobre possíveis participantes, depois, com o anúncio dos nomes e, após a estreia, com a repercussão dos acontecimentos da casa.
Desde o início do reality, em 17 de janeiro, houve um aumento no número de publicações relacionadas à diversidade, reflexo do elenco que compõe a casa.
Um levantamento realizado pela agência de análise de dados MAP aponta que a diversidade foi o terceiro assunto com maior repercussão nas redes sociais no primeiro mês do ano, diretamente relacionado a discussões pautadas pelo BBB. O tema ficou atrás apenas de saúde, com destaque para a vacinação, e das eleições deste ano.
A transexualidade, representada pela participante Linn da Quebrada, foi um dos principais temas de publicações na internet. Segundo o levantamento, o combate à transfobia teve menção positiva de 96% dos internautas nas redes sociais. A cantora e atriz, que se apresentou como travesti, tem o pronome "ela" tatuado na testa, mas foi chamada pelo pronome masculino algumas vezes por outros participantes.
O caso repercutiu no Twitter, onde internautas passaram a denunciar o comportamento dos brothers e sisters como transfobia contra a artista. A situação só começou a mudar quando o apresentador, Tadeu Schmidt, perguntou a Lina, ao vivo, como ela gostaria de ser referenciada, alertando de vez os desavisados.
Outro tema recorrente é o racismo, observado de forma objetiva em alguns momentos, e por meio de sutilezas, em outros. No Twitter, não foram poucos os apontamentos de internautas a comportamentos racistas contra Natália, mulher negra com vitiligo, dentro da casa.
No início da semana, um vídeo em que Laís e Bárbara aparecem fazendo gestos semelhantes a uma imitação de macaco, enquanto falavam sobre a sister, viralizou no Twitter. O caso não foi comentado durante o programa até agora.
Já Douglas Silva foi alvo de racismo fora da casa. A esposa do ator, Carol Silva, falou em suas redes sociais que ela e sua família receberam mensagens de ódio e de preconceito contra o marido, e que iria à Justiça para identificar os responsáveis.
Apesar de também provocar discussões, o posicionamento contra o racismo teve adesão de 47% das publicações relacionadas ao tema. Vale ressaltar que outras manifestações fora do BBB ligadas ao racismo também foram contabilizadas no levantamento, como a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado no Rio de Janeiro.
Segundo o estudo, as manifestações sobre Kabamgabe alcançaram 9% de participação nas redes sociais nos dias 30 e 31 de janeiro, enquanto o BBB atingiu 11,5%. A empresa analisou uma amostra de um universo diário de 1,4 milhão de postagens no Twitter e em perfis abertos do Facebook.
O terceiro assunto relacionado à diversidade é a gordofobia, pautada nas redes sociais por meio da participação de Tiago Abravanel no BBB. No início do reality, o ator enfrentou dificuldades com o tamanho das toalhas de banho e chegou a perguntar se seria penalizado por usar a toalha de piscina no dia a dia, além de ter falado sobre o tema com os participantes da casa.
As manifestações contra a gordofobia alcançaram 91% das postagens relacionadas ao assunto em janeiro, segundo o levantamento da Map.