O novo especial de Natal do Porta dos Fundos, "Te Prego Lá Fora", chega nesta quarta-feira (15) à Paramount +, com a missão de atrair novos assinantes para a plataforma de streaming da ViacomCBS, conglomerado ao qual o próprio Porta dos Fundos pertence, como sócio em 51% de Fábio Porchat, Antonio Tabet, Gregório Duvivier, João VIcente de Castro, Ian SBF e cia..

Pela primeira vez em versão animada, o especial, produção que todo fim de ano costuma gerar alguma gritaria entre cristãos --e já rendeu até tentativas de censura e ataque terrorista à sede do grupo, no Rio--, "Te Prego Lá Fora" não perde a chance de cutucar o presidente Jair Bolsonaro antes mesmo da estreia.

Em referência à frase do presidente de colocar "alguém terrivelmente evangélico no STF", promessa agora cumprida pela nomeação de André Mendonça, a campanha de lançamento do novo especial anuncia "Um Natal terrivelmente animado".

Os anúncios estarão espalhados pelas ruas de São Paulo, Rio e Brasília, além de estamparem os perfis do grupo em suas redes sociais, lotadas de seguidores.

O enredo, mais uma vez assinado por Porchat, ficciona a adolescência de Jesus e sua chegada à etapa escolar que corresponderia ao nosso Ensino Médio. Dublado --e inspirado fisicamente em Rafael Portugal--, o filho de Deus em sua versão atual tem de se conter para não sair por aí fazendo milagres, sob o risco de ser perseguido na sua condição de Messias.

Fábio De Luca dubla Lázaro, o melhor amigo de Jesus, que Porchat transporta da fase adulta para uma suposta relação na adolescência. Lázaro, na verdade, é o grande mocinho dessa história.

"As pessoas se perguntam se Jesus voltará à Terra. Jesus estaria hoje entre os mais pobres, provavelmente ao lado do Padre Júlio Lancelotti, com certeza não estaria com o Silas Malafaia", diz Porchat, que sempre relê trechos da Bíblia antes de rascunhar os especiais de Natal de cada ano.

O novo programa tem produção da Stricnina, produtora da Cazé Peçanha, que trabalhou pessoalmente na criação do filme. São apenas 30 minutos de edição, tempo suficiente para tomar meses e meses de trabalho, já que a animação consome prazos mais longos do que as produções em live action, a dita dramaturgia em carne e osso.