Com Maria Casadevall, 'Garota da Moto' mostra heroína do mundo real
Longa é continuação de série e chega aos cinemas nesta quinta
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Coragem e sede por justiça correm no sangue da motogirl Joana, que faz de tudo para proteger sua família de ameaças do passado e do presente. A protagonista eletrizante chega aos cinemas nesta quinta-feira (23) e promete apresentar um filme de herói sob a perspectiva de uma mulher forte que enfrenta a vida sobre duas rodas.
“Garota da Moto” é uma sequência da série homônima do SBT que foi exibida no ano de 2016. A história é ambientada após o fim da segunda temporada e a personagem ganha vida na pele de Maria Casadevall, 34, que continua a personagem antes interpretada por Christiana Ubach, 34.
Agora, Joana se vê alvo de uma nova perseguição após desmascarar um esquema de exploração de mão de obra feminina. O roteiro é de David França Mendes, que criou a série com João Daniel Tikhomiroff, que atua na direção-artística, e traz uma trama policial inédita e um tom menos dramático que a série.
“Foi uma novidade, nunca tive contato profissional nenhum com essa linguagem”, afirma Casadevall, que já conhecia o trabalho do diretor do longa, Luis Pinheiro. A artista conta que ao lado de Duda Nagle, 38, que vive o antagonista Peixoto, aprendeu a montar a “ação dramática” presente nos embates físicos da trama.
Nagle pontua que as lutas físicas são parte importante para o envolvimento do espectador com a história. “[Ajuda] contar uma história super rica, e mostrar a luta da Joana.” Para Casadevall, além de toda a ação, o filme irá tocar diversos públicos com as camadas da mesma narrativa e trará um senso de mudança e transformação diante das injustiças e violências que a sociedade vivencia.
A atriz comenta que, apesar de sua personagem representar a luta física, o filme poderá fazer o público refletir sobre quais ferramentas podem ser usadas para lutar enquanto artistas, cidadãos e pessoas do “mundo real”. “Estamos passando por um período bastante complexo politicamente e sanitariamente com a pandemia, então como nós reagimos a tudo isso que estamos vivendo?”, reflete.
Para o diretor, o poder da transformação se faz presente até em um dos cenários do filme, que teve diversas cenas gravadas em uma escola na região de São Mateus, na periferia da zona leste de São Paulo, uma iniciativa da Congregação das Irmãs Caritas de Jesus, que visa estender a educação de forma ampla para as pessoas menos favorecidas. “Tudo o que aquela escola representa me deixou muito emocionado."
Ele ainda diz que teve liberdade para ressignificar a história e a mensagem da série. Pinheiro pontua que, para a criação do filme, trouxe referências de cineastas como Alfred Hitchcock e George Miller, e quadrinistas como Frank Miller. “[Quis] emular essa linguagem com uma perspectiva feminina”, explica.
“Isso é um filme de heroína, um filme de ação”, reforça.
Para Casadevall a trama ainda permite “fazer uma analogia com as diferenças violências que atravessam os nossos corpos enquanto mulheres”. “É como se o conteúdo do filme provocasse uma ação”, completa a artista.
O longa foi gravado em 2020, pouco tempo antes da pandemia, e traz em seu elenco nomes como Kevin Vechiatto (Cebolinha em “Turma da Mônica: Laços”), Naruna Costa (“Tempos Modernos”) e Murilo Grossi, que fazia parte do elenco da série que teve sua última temporada lançada no ano de 2019.