Sofia Carson, de 'Descendentes', se diz orgulhosa dos nãos ditos na carreira
'Fui considerada difícil por anos, até passar a ser tratada com respeito'
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Conhecida por seu trabalho na trilogia "Descendentes" (Disney), Sofia Carson, 29, celebra agora a oportunidade de mostrar vulnerabilidade e suas crenças através da música. Orgulhosa de fazer parte de uma geração "barulhenta", a artista diz que o caminho que a levou ao sucesso não foi fácil, mas não se arrepende de nenhuma decisão.
"Tenho muito orgulho de cada não que eu falei", afirma ela, que lançou em março seu primeiro álbum musical, intitulado "Sofia Carson". A jovem recorda que preferiu negar trabalhos que poderiam trazer fama rapidamente, mas que não correspondiam aos seus valores. "Fui considerada ‘difícil’ por anos, até passar a ser tratada com respeito por ser uma mulher convicta com o que acreditava."
Para ela, apesar de ainda precisar de mudanças, a indústria da arte e o mundo estão passando por uma evolução, e isso a trouxe segurança para poder entregar seus sentimentos e profundos segredos em suas músicas e apresentar como é realmente. "[Agora], nós celebramos ser diferentes e ser quem somos, sem remorso", completou em entrevista ao F5.
Foi durante a pandemia de Covid-19 que Carson conseguiu pela primeira vez "mergulhar e focar a música para contar a história que estava no meu coração". A cantora afirma que não houve um ponto em que decidiu compartilhar isso com o público, e que "sempre soube que o meu primeiro álbum seria mais vulnerável e pessoal".
Mesmo explorando seu lado pessoal na música, a artista não pretende se manter afastada das telas e está animada para o lançamento do romance "Purple Hearts" (Netflix), que ela estrela ao lado de Nicholas Galitzine, que deve chegar ao streaming "em breve". E será que há planos de visita ao Brasil? "Mal posso esperar para voltar, cantar, abraçar e chorar com eles [fãs brasileiros]". Veja trechos editados da entrevista.
Você ficou bastante conhecida após interpretar Evie, a filha da Rainha Má, em "Descendentes". Como é apresentar ao mundo a verdadeira Sofia, sem estar por trás de algum papel?
O mundo se apaixonou pelos nossos personagens e eu sou eternamente grata [a Disney] por ter me dado Evie. É um processo bonito quando, após fazer um papel e as pessoas te conhecerem como aquele personagem, você pode mostrar meu reflexo na música, e agora as pessoas podem conhecer a Sofia por quem eu sou.
E seu primeiro álbum é bastante pessoal. De onde surgiu a decisão de expor um lado mais vulnerável?
Sempre quis escrever uma história sobre amor. Sobre se apaixonar, quebrar o coração, juntar os pedaços e sobreviver… Havia coisas que eu estava guardando em segredo de mim mesma, então não foi muito bem uma decisão. Sempre soube que o meu primeiro álbum seria mais vulnerável e pessoal.
O período da pandemia te ajudou nesse processo?
Esse período me fez alcançar lugares mais vulneráveis, porque estava utilizando a música basicamente como terapia. Essa é a beleza da música, conseguimos entrar no nosso coração e compartilhar nossos segredos com o mundo, e eles ficam seguros lá.
Você já disse algumas vezes que optou por dizer "não" para oportunidades que surgiam. Você se arrepende de algo que não aceitou ao longo de sua carreira, seja na música ou como atriz?
Tenho muito orgulho de cada não que eu falei, de quando não usei minha voz, meu corpo ou minha música para um papel que eu não acreditava e que não iria refletir quem eu sou como mulher. No começo, foi difícil, porque a indústria não está acostumada a pessoas que dizem não para algo que poderia trazer fama.
Podemos dizer que a indústria da arte melhorou nesse sentido com o passar dos anos?
Mudanças estão acontecendo, e as mulheres estão mais ‘barulhentas’ do que nunca. É impossível nos silenciar. Me sinto honrada por fazer parte de uma geração que está mudando o mundo com sua voz. Agora, nós celebramos ser diferentes sem remorso. Ainda temos caminhos para lutar, mas estamos progredindo.
Você tem planos de vir ao Brasil?
Sempre pergunto para a minha equipe quando podemos ir ao Brasil, e eu sei que eles estão trabalhando nisso. Uma das minhas últimas viagens antes da pandemia foi ao Brasil. Passei por Recife e São Paulo. Fiquei deslumbrada com a paixão e a energia dos fãs brasileiros, temos uma conexão.
Você acredita que as redes sociais te ajudam a criar essa conexão com os fãs?
Absolutamente. É incrível poder ter esse contato direto com eles todos os minutos, seja pelo Twitter, Instagram ou TikTok. Estamos profundamente conectados... Realmente acredito que somos uma família. Mesmo que não os conheça, eles me enxergam, conhecem e entendem minha arte. É muito puro e bonito. Eu gostaria de engarrafar e guardar comigo para sempre.