Amber Heard nega acusação de Johnny Depp de ter tido caso com Elon Musk e James Franco
'Não, não que isso importe muito', disse a atriz no tribunal nesta terça
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Amber Heard, 34, negou na corte nesta terça-feira (21) que teve um caso com o chefe da Tesla, Elon Musk, ou qualquer outra pessoa, enquanto era casada com Johnny Depp, 57.
A atriz está testemunhando na Suprema Corte de Londres em favor do jornal britânico The Sun, cujo grupo editorial, News Group Newspapers, está sendo processado por seu ex-marido Depp por difamação devido a um artigo de 2018 que o chamou de "espancador de mulheres".
Ela alega que o astro de "Piratas do Caribe" a atacou em pelo menos 14 ocasiões, ameaçando muitas vezes matá-la, e que ele deu tapas, socos e chutes nela durante explosões violentas e ciumentas provocadas por consumo excessivo de bebidas ou uso de drogas. Depp nega ter agredido Heard e afirma que as alegações são uma farsa.
Em sua declaração como testemunha, Heard disse que Depp a acusou de ter casos com famosos e começou a ficar louco de ciúme que levou à violência. O tribunal foi informado que Heard trocou mensagens de texto com Musk em maio de 2016, depois de ela ter dito que Depp se tornou violento, machucou seus olhos e rosto ao jogar um telefone contra ela.
Questionada se teve algum relacionamento, Heard disse: "Não, não que isso importe muito." Ela afirmou que não esteve em comunicação com o chefe da Tesla até 2016. O tribunal também mostrou imagens de circuito fechado de Heard levando o ator James Franco até a cobertura na noite seguinte. "Ele estava me dizendo 'meu Deus, o que aconteceu com você?'", disse Heard ao tribunal.
O juiz, Andrew Nicol, disse à advogada de Depp Eleanor Laws que ele não achou tais evidências sobre ciúmes úteis para chegar à conclusão.
JULGAMENTO
Em depoimento da última semana, Depp também foi acusado de escrever em uma parede com sangue da ponta do dedo decepado. Depp disse no tribunal que sofreu "alguma espécie de colapso nervoso" durante uma briga com Heard, mas negou que a tivesse atacado violentamente e a acusou de cortar o dedo dele ao atirar uma garrafa.
As revelações ocorreram no terceiro dia da aparição de Depp no banco das testemunhas na ação que ele move contra a editora do tabloide britânico The Sun, News Group Newspapers, sobre um artigo no qual o ator foi rotulado de "espancador de mulheres".
O astro de Hollywood também surpreendeu ao afirmar que Heard já ofereceu maconha à filha Lily-Rose, 21, quando ela tinha apenas 13 anos de idade. Ele disse ainda que levou um soco na cara da sua ex-companheira quando ela descobriu sobre a perda de US $ 650 milhões (cerca de R$ 3,47 bilhões).
De acordo com uma declaração da advogada do The Sun no tribunal, Depp atacou violentamente a ex-mulher em pelo menos 14 ocasiões por três anos a partir de 2013, quando ficou furioso por ciúmes e consumia grandes quantidades de álcool e drogas.
Em declaração dada por Heard ao tribunal de Londres no dia 15 de julho, segundo The Sun, a atriz disse que Depp tentou escrever o nome dela com sua urina dentro de uma casa alugada por eles em Queensland, na Austrália. Ainda segundo a publicação, atriz afirmou que o ator de "Piratas do Caribe" precisou ser escoltado de sua casa e, neste momento, alegou que precisava urinar.
"Ele voltou para dentro e fez isso bem na frente deles, rindo loucamente", disse ela. "Ele disse que estava tentando escrever meu nome nas paredes e tapetes, enquanto fazia xixi na casa." O gerente imobiliário de Depp, Ben King, negou o acontecimento e afirmou ao tribunal que tinha certeza de que não havia urina na casa alugada. "Eu não vi nenhum sinal de urina e não senti o cheiro", disse King, acrescentando que voltou à casa para acompanhar uma equipe de limpeza, que "não mencionou nada sobre fazer xixi".
Depp e Heard se conheceram no set do filme "Diário de um Jornalista Bêbado" em 2011, e casaram-se quatro anos depois –mas se separaram em maio de 2016, com um acordo de US$ 7 milhões no divórcio. A paz durou até que Heard escreveu, em dezembro de 2018, um artigo para o jornal The Washington Post dizendo ser uma sobrevivente de violência doméstica, sem citar o nome de Depp
Com informações da Reuters