Médica picada por cobra tem alta e diz que pretende voltar a tomar banho em cachoeira
'É algo que eu amo. Na minha concepção não existe azar, não existe sorte, existe acidente'
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A médica Dieynne Saugo, que foi picada por uma cobra durante um banho de cachoeira no dia 30 de agosto, contou que recebeu alta médica após mais de 20 dias de internação. "Passei pela avaliação médica ontem [segunda, 21], realizei mais alguns exames, estou liberada para voltar para casa [em Cuiabá], retomar minha rotina, e logo, logo voltar para o meu trabalho".
Em entrevista ao programa Encontro com Fátima Bernardes nesta terça-feira (22), Saugo disse que quando a jararaca caiu em cima dela, a picou no queixo e depois o animal tentou entrar no seu colete salva-vidas. "A minha reação foi tirá-la com a mão, que foi onde levei as outras duas picadas. Na hora que eu tirei ela, sai nadando para pedir ajuda". Ela contou que demorou quatro horas e meia para tomar o soro antiofídico.
Saugo também afirmou que um dos momentos mais desesperadores ao longo do seu tratamento foi a transferência feita por avião de Cuiabá para São Paulo pelos riscos que envolvia por sua condição de saúde. Outro momento difícil, segundo ela, foi quando após fazer a cirurgia no braço, ela entrou em choque hemorrágico. Apesar disso, a médica contou que nunca perdeu a fé e o tempo todo se manteve com o pensamento positivo.
Ela disse ainda que não ficou com traumas e que pretende voltar a tomar banho de cachoeira. "Eu sempre vejo tudo pelo lado positivo. Acho que a minha história é uma história de milagre, de vitória. Foi um grande aprendizado, eu tive que reaprender a falar, reaprender a andar, reaprender muitas coisas. Foi um renascimento mesmo. Eu espero que não fique nenhum trauma, eu pretendo voltar às cachoeiras, porque é algo que eu amo, algo que eu gosto muito [..] Na minha concepção não existe azar, não existe sorte, existe acidente, poderia ter sido com qualquer outra pessoa", afirmou.
Saugo foi picada por uma espécie de jararaca durante um passeio na Cachoeira Serra Azul, em Nobres, município de Mato Grosso. Durante o tratamento, ela também foi diagnosticada com a Covid-19.