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Vídeo de masturbação coletiva em vestiário tira emprego de atletas no RS

Instalações do Sport Clube Gaúcho, da terceira divisão do Rio Grande do Sul
Instalações do Sport Clube Gaúcho, da terceira divisão do Rio Grande do Sul - Reprodução/Site oficial


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O Sport Clube Gaúcho, time da terceira divisão do Rio Grande do Sul, disse ter chegado a um acordo para rescindir o contrato dos jogadores envolvidos na gravação de um vídeo em que aparecem praticando um ato sexual dentro do vestiário da equipe.

As imagens foram gravadas na última sexta-feira (30) e mostram um dos jogadores masturbando dois de seus companheiros. Foto e vídeo circularam nas redes sociais durante o fim de semana, e o Gaúcho virou alvo de críticas e piadas. No sábado, os três atletas se reuniram com o presidente do clube e encerraram o vínculo, assim como um quarto jogador, autor da gravação.

Gilmar Rosso, que está há oito anos à frente do tradicional clube de Passo Fundo, disse que recebeu o vídeo do roupeiro do time. "Quando apertei o play, já deletei, achei nojento", disse ele, que é empresário, capitão da reserva do Exército e foi professor de sociologia. "Não sou guardião da moral e dos bons costumes, não me interessa o que eles fazem ou deixam de fazer. A única coisa que eu fiquei bravo, a única coisa que eu proíbo aqui dentro é foto e filmagem, nada sem nossa autorização".

Nas imagens, os jogadores aparentemente sabem que estão sendo gravados. Rosso disse que o vídeo foi feito no vestiário do time, mas fora do horário de expediente. De acordo com ele, "o Gaúcho não tem preconceito com ninguém, seja de raça, cor e qualquer outra coisa". Mas a permanência dos jogadores seria inviável depois do vazamento do vídeo. "Imagina quando eles entrassem em campo, o que eles iam ouvir!".

O cartola evitou dizer se os atletas foram demitidos ou se demitiram. "Foi feito um acerto, um acordo, e eles seguem a vida deles. Até onde eu sei esses três não são gays, só fizeram [sexo] tirando onda, mas agora eles vão ter que provar que não são".

O presidente também disse que existe uma torcida do Gaúcho chamada Coligay, fundada pelo mesmo criador de uma antiga organizada do Grêmio com o mesmo nome. Rosso afirmou que pretende iniciar uma campanha para provar que seu clube combate a homofobia: "Depois vêm os direitos humanos dizer que a gente é homofóbico, tudo o que a gente não é".

A reportagem do UOL Esporte tentou entrar em contato com os quatro jogadores envolvidos no episódio, mas ainda não obteve resposta.

POLÊMICA ATÉ COM O JUVENTUDE 

O vazamento do vídeo também causou desconforto a outro tradicional clube gaúcho, o Juventude, que tem o escudo muito parecido com o da equipe de Passo Fundo. Ao compartilhar o vídeo, muitos internautas anexaram erroneamente imagens de atletas do Juventude como sendo os retratados nas imagens.

Roberto Tonieto, presidente do time de Caxias, disse que já acionou seu departamento jurídico e quer entrar na Justiça contra quem divulgou o vídeo e as fotos.

"Somos líderes do campeonato [Série B do Brasileiro], alguém quer nos desestabilizar. Eu acredito que foi proposital. Vamos fazer a ocorrência policial, tentar descobrir de onde saiu isso, qual foi a fonte para tomarmos as providências", disse Tonieto. "É um prejuízo para quem não está atento, para quem não conhece os atletas. Nada contra, homofobia nem pensar nisso, mas denigre a imagem do clube, é uma tentativa de desestabilizar".

O Gaúcho tem o mesmo símbolo desde 1918. Segundo o presidente do time de Passo Fundo, trata-se de uma coincidência já que naquela época muitos times escolhiam os mesmos desenhistas de emblemas.

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