Fãs criam teoria de que youtuber britânica foi sequestrada e forçada a fazer vídeos
Marina Joyce, 19, é uma das youtubers mais influentes do Reino Unido, com quase 1 milhão de inscritos em seu canal, no qual dá dicas de moda e fala de problemas típicos de adolescentes. Mas foi um suposto sequestro que a alçou à fama internacional desde a última sexta-feira (22).
Tudo começou quando ela publicou um vídeo sobre um vestido que estava promovendo.
Alguns seguidores, no entanto, acharam que ela estava estranha durante a filmagem, como se estivesse com cara de assustada ou lendo um script. Segundo seus fãs, ela exibiu machucados e até chegou a sussurrar “help me” (“me ajudem", em inglês) em determinado momento da filmagem (aos 12 segundos).
Apesar de Marina postar nas redes sociais que estava bem, a ideia de que alguma coisa havia acontecido com ela começou a viralizar.
Fãs achavam que alguém tinha se apoderado da conta dela no Twitter e publicava as mensagens tranquilizadoras. Entre as teorias que surgiram, Marina poderia estar sofrendo maus tratos, em cárcere privado e até mesmo sequestrada pelo Estado Islâmico, que a obrigava a continuar com os vídeos como se nada houvesse acontecido.
Para tentar tranquilizar os seus seguidores, a youtuber tentou marcar um encontro às 6h30 da manhã em Bethnal Green, local onde 173 pessoas morreram na década de 1940. O plano foi encarado como uma armadilha dos supostos sequestradores de Marina. No horário marcado, ela não apareceu.
Por via das dúvidas, a polícia foi até a casa de Marina, nesta segunda-feira (26), e constatou que ela não tinha sofrido sequestro nenhum.
“Policiais se encontraram com a usuária do YouTube Marina Joyce. Ela se encontra segura e bem”, tuitou a conta oficial da polícia de Enfield.
Cansadas da polêmica, Marina e a mãe participaram de uma “live”, uma transmissão on-line, na manhã desta quarta-feira (27), com outro youtuber para dizer que não havia nada de errado com elas.
“A polícia veio aqui e viu que Marina está bem”, disse a mãe de Marina na “live”. “Quanto aos machucados, todos nós nos machucamos. Não há maus tratos. No vídeo, era eu falando com ela, dizendo 'like me' ('faça como eu', em inglês)”, explicou, dizendo que se referia às poses dela para a câmera.
A repercussão do caso Marina Joyce foi tão grande que o termo “Save Marina Joyce” parou nos “trending topics” do Twitter, os assuntos mais comentados da rede, durante boa parte desta terça-feira (26).
Nesta quarta, foi substituído por “CSI: Twitter”, uma ironia com os tuiteiros que tentaram desvendar o caso Marina Joyce com teorias conspiratórias.
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