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Autoridades da Malásia culpam turistas nus por terremoto; estrangeira é presa

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Autoridades da Malásia prenderam uma cidadã estrangeira alegando que ela teria posado nua para fotos no pico de montanha mais alto do país, uma atitude que alguns malaios acreditam ter atiçado os espíritos da montanha e causado um terremoto.

A polícia do Estado oriental de Sabah prendeu uma mulher estrangeira envolvida no incidente, relatou a agência estatal de notícias Bernama. Sua nacionalidade não foi divulgada.

O chefe de polícia Keong Eng Ho disse que a mulher foi detida no aeroporto na cidade de Tawau na terça-feira (9) à tarde, quando ela estava prestes a partir para Kuala Lumpur, capital da Malásia.


Um grupo de turistas tirou as roupas para tirar fotos no pico do Monte Kinabalu em 30 de maio, enfurecendo muitos que consideraram o ato desrespeitoso. As imagens foram amplamente divulgadas em sites e mídias sociais.

Não ficou claro se os turistas seriam acusados de algum crime. A polícia da Malásia e funcionários da imigração não responderam aos pedidos para comentar.

Segundo a imprensa, os envolvidos no incidente foram impedidos de deixar Sabah, para que a polícia pudesse investigar. Há indicações de que dois canadenses do grupo foram impedidos de sair do país.

Na terça-feira, o Alto Comissariado do Canadá em Kuala Lumpur disse que estava ciente dos relatos da mídia. Um porta-voz disse que estava em contato com as autoridades de Sabah e assistência consular estava sendo fornecida.

Pelo menos 16 alpinistas morreram após um terremoto de 6 graus na escala Richter atingir a região na sexta-feira, com mais dois desaparecidos. Entre os mortos estavam seis malaios, sete cingapurianos, uma pessoa da China, uma do Japão e outra das Filipinas.

Assim que surgiram as fotografias dos turistas, alguns malaios em mídias sociais —e funcionários do governo— começaram a ligar o nudismo no Monte Kinabalu ao terremoto.

"É uma montanha sagrada e não pode ser levada na brincadeira", disse Joseph Pairin Kitingan, o ministro-chefe de Sabah.

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