Televisão

Para Jacquin, debate sobre machismo no 'MasterChef' é 'exagerado': 'Na cozinha não tem sexo, tem cozinheiro'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A quarta edição do "MasterChef" (Band) estreia nesta terça (7), apenas três meses após a versão profissional do reality ter coroado Dayse como vencedora.

A apresentadora Ana Paula Padrão admite preocupação com a renovação do formato —final, são cinco temporadas em pouco mais de dois anos—, mas afirma estar segura de que o frescor é alcançado com a chegada de novos competidores, a cada edição mais preparados.

"A produção reage ao que recebe desses participantes. Eles estudaram o 'MasterChef', a personalidade dos jurados e são muito bons de cozinha. Por isso, temos que elevar o nível e mudar a mecânica das provas", diz.

Para Paola Carosella o caminho é mesmo esse. "O participante é a primeira pessoa que a gente tem que surpreender, porque fazendo isso o público também será surpreendido."

Mas de boca aberta mesmo tem ficado o trio de jurados. A argentina garante já ter provado, entre os pratos dos atuais competidores, menus que poderiam estar em um restaurante profissional.

Ela reconhece que os elementos do showbiz podem dificultar a performance dos cozinheiros. Afirma, no entanto, que o cotidiano num restaurante apresenta também obstáculos.

"Faz parte e acredito que [o programa] seja um intensivo da vida normal. Um dia você tem sorte, outro está mais inspirado. Às vezes está preparado para uma coisa e te aparece outra."

Henrique Fogaça (à esq.), Paola Carosella, Erick Jacquin e Ana Paula Padrão
Henrique Fogaça (à esq.), Paola Carosella, Erick Jacquin e Ana Paula Padrão - Carlos Reinis/Divulgação


Julgamento

Paola, Jacquin e Fogaça decidem juntos, a cada prova, quem sai e quem fica na competição. Eles são categóricos em dizer que a avaliação se dá apenas pelo prato que o cozinheiro apresenta. As personalidades dos competidores despertam paixões entre as torcidas da internet, mas não podem influenciar no julgamento.

O diretor da atração, Patricio Diaz, afirma que os chefs não têm nenhum contato com os candidatos. "É para resguardá-los de sua função, que é escolher o melhor cozinheiro, não a melhor pessoa."

Paola lembra que ela e os dois colegas só assistem aos depoimentos dos participantes —aqueles que intercalam as provas— junto com o público. "É... porque senão o cara é um idiota e depois eu vou experimentar a comida dele?", diz aos risos Jacquin. 


Machismo

Na versão profissional do reality, a vencedora Dayse ouviu de um colega que, se não estava satisfeita com a divisão das tarefas em uma das provas, deveria varrer o chão. Ordens de Paola foram ignoradas por João. Priscylla se incomodou quando concorrentes homens passaram a comentar supostos equívocos de seu prato. 

Esses e outros episódios suscitaram na web um debate acalorado sobre machismo. Para Jacquin, porém, a discussão parece desproporcional.

"Muita gente diz que sou machista, mas na cozinha não tem sexo, tem cozinheiro. Do jeito que eu falar com uma mulher, vou também falar com um homem. Acho muito exagerado esse negócio de machismo porque uma mulher que quer trabalhar na cozinha trabalha igual a um homem."

Padrão e Carosella concordam que alguns competidores foram injustamente chamados de machistas. 

"Isso significa que existe um assunto latente na sociedade que precisa ser discutido. As pessoas estão com vontade de falar sobre machismo e elas vão ver isso no game 'MasterChef', na novela, no jornal... Em todos os lugares", fala a apresentadora. 


Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias