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Globeleza aparece vestida em nova vinheta; mudança é celebrada nas redes sociais

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Após anos de polêmica em torno da objetificação da mulher e reforço de estereótipos de gênero e raça, a Globo resolveu vestir a Globeleza.

Na vinheta do Carnaval de 2017, lançada nesta segunda-feira (9), Érika Moura aparece com vários "looks" típicos da festa nas diferentes regiões brasileiras.

Acompanhada de um mestre-sala, ela roda o vestidão de porta-bandeira, em outro momento dança axé a bordo de um top colorido e se arrisca até no frevo e no bumba-meu-boi.

Outra novidade da vinheta foi a inserção de outros personagens, homens e mulheres, que também dançam e tocam instrumentos.

A mudança tem sido elogiada nas redes sociais. Grupos de ativistas dos direitos negros e feministas estão comemorando o avanço.

Na ocasião do Carnaval de 2016, a socióloga Djamila Ribeiro, secretária-adjunta de Direitos Humanos da prefeitura de São Paulo, criticou a tradição televisiva. "Um canal influente como a Globo que, por quase 30 anos, expõe mulheres negras nuas a qualquer hora do dia ou da noite no período de Carnaval, negando-se a nos representar para além desse lugar de exploração dos nossos corpos no resto de todo o ano. Quantas mulheres negras vemos como atrizes, apresentadoras, repórteres nas grades das grandes emissoras?"

"O modo como somos representadas está intimamente ligado ao modo como somos tratadas. Essa representação pautada na ultrassexualização justifica a exploração dos nossos corpos", comentou ela nesta segunda-feira (9) em sua página no Facebook.





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