Prestes a se despedir do vilão Gabo, de "I Love Paraisópolis", Henri Castelli confessa que está cansado do estereótipo de "rico mau caráter".

Marcado por vilões gananciosos como o Estêvão, de "Cobras e Lagartos" (2006) e o Jorge Junqueira de "Como uma Onda" (2005), além do atual Gabo, Castelli alega ter nascido na periferia.

"Tenho vontade de fazer vários tipos de personagens, que não se limite a 'ah, o cara tem olho claro, só pode fazer papel de rico'. Posso fazer um cara pobre também!", desabafou ele em entrevista ao "F5".

"Não pode ser! Eu não nasci rico, nasci pobre, no subúrbio de São Bernardo, no meio de comunidade. Nasci com o olho claro, mas nunca tive berço de ouro. A minha realidade é totalmente diferente do que me olham, sou mais favelado do que qualquer um nessa novela", se defende.

Castelli não aplaude as peripécias de seu personagem, mas torce por um desfecho "justo", do ponto de vista do vilão.

"Desde o começo ele não mede esforços para conseguir o que quer. Beira a sociopatia, por que ele não tem culpa ou remorso do que faz. Agora, no final, não sei o que vai acontecer, mas acredito que ele volte para a Pilartex e dê uma rasteira no Dom Peppino (Lima Duarte)", aposta.

PEDRO E JÚLIA

Após o fim da novela das 19h, Henri tem outros projetos alinhados. Um deles seria uma volta às origens com uma participação em "Malhação", da qual foi protagonista na temporada de 2002, ao lado de Juliana Silveira.

A participação depende do encaixe de tempo entre as férias do ator e outro projeto, previsto para janeiro, mas Henri já fez até um pedido para o autor Emanoel Jacobina: se não der para voltar como o mesmo personagem de 2002, Pedro Rodrigues, que seja com o mesmo nome.

"'Malhação' não foi o meu primeiro trabalho, fiz o caminho inverso. Tentei começar por lá, mas nunca fui aprovado. Foi lá que peguei experiência, por que se trabalha muito. Em 'Malhação', se você quiser e for interessado e não dispersar, você faz faculdade ali em um ano. Aprende desde tipos de lente, posição de câmera, tudo", elogia.