Penúltimo eliminado do "BBB15", Adrilles encarou a decisão do público com leveza, bom humor e seu típico ar de sabedoria.

O poeta elogiou o programa, dizendo que trata-se de uma "teledramaturgia moderna". "Mostra o caráter das pessoas aos poucos", definiu.

Eliminado principalmente por ter poupado o voto em Fernando, Adrilles se surpreendeu quando foi informado pelos jornalistas, logo que saiu da casa, de que o carioca estava tramando o tempo todo para eliminá-lo.

"Sempre tive desconfiança em relação à ambiguidade sentimental dele. Uma pessoa que diz que vai casar com uma mulher e dorme com outra...", comentou Adrilles, ressaltando, no entanto, que se identificava com Amanda e por isso quis poupar o casal.

"O cara não era meu melhor amigo, mas a menina está apaixonada por ele. Tentei fazer um jogo complacente", explicou.

CENSURA AFETIVA

Apaixonado platonicamente por Tamires, que desistiu do programa, Adrilles se revelou sentido com a atitude dela de tentar boicotar suas declarações.

"Tamires foi uma paixão utópica, insana. A gente até poderia ficar, mas eu sei que estou fora do escopo dela", admitiu.

"Mas me irritou quando ela me proibiu de manifestar o que eu sentia por ela. Não poder manifestar isso é uma censura afetiva", desabafou, confessando que ficou desesperado quando viu, numa festa, um esboço da possibilidade de Tamires ficar com Cézar.

CÉZAR DEMAGOGO

"Lógico que o Cézar vai ganhar", cravou o poeta. "Ele tem uma belíssima história lá fora. Dentro da casa ele se afastou, mas ele tem essa imagem de cara sofrido e o público se identifica com isso", analisou.

"Ele é um personagem. Tem esse jeito demagogo que parece um político dos anos 40, mas que ele faz de forma tão caricata que vira um personagem", descreve.

RELAÇÃO MADURA

Sobre a amizade com Mariza, com quem formou o "casal touch", o casal sem toque, Adrilles só tem a agradecer, embora reconheça em Marco seu grande amigo dentro da casa.

"Amizade é uma relação madura. Relacionamento entre homem e mulher tem essa coisa de um querer devorar o outro. E na amizade você pode se entregar de uma maneira mais completa", explanou.

CRUCIFICADO

Questionado por Bial sobre sua derrota no paredão, Adrilles citou ninguém menos que Jesus Cristo. "Uma aparente derrota nem sempre é uma derrota de verdade. Veja bem: toda a nossa sociedade ocidental é baseada em um homem que morreu crucificado", filosofou.