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'Estou me sentindo livre. A Record me deixa fazer o que quero', diz Xuxa em nova casa

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Recebida em um tapete vermelho e cercada por fãs durante sua primeira aparição pública na Record, Xuxa contou, nesta quinta-feira (6), que tem sido mimada pela nova emissora também nos bastidores da contratação.

"Estou me sentindo livre. A Record me deixa fazer tudo o que quero", afirmou, durante o evento em que formalizou a assinatura do contrato, após longa negociação com a empresa. "Pedi para ter criança no programa, deixaram. Pedi para ter bicho, entrevistas longas... Deixam tudo."

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Ainda sem data definida de estreia, a atração comandada pela apresentadora na emissora será inspirada no talk-show da comediante Ellen DeGeneres, com entrevistas, quadros de humor e até uma repórter mirim, como Sophia Grace, do programa norte-americano.

Na primeira entrevista sobre o assunto desde que começou a avançar nas negociações com a empresa, a ex-global disse que "resistiu muito" mas acabou cedendo após dois anos de assédio da Record.

"Ainda é estranho falar o nome da Record porque por 29 anos não pude citar essa palavra", afirmou.

De acordo com o vice-presidente da emissora, Marcelo Silva, Xuxa negou diversas vezes suas investidas quando ainda fazia parte do núcleo da Globo. "Depois de um ano e três meses paquerando a Xuxa, ela finalmente me recebeu em sua casa. Nem chegou a sentar e já me disse 'não'", contou. "Nesse dia, conversamos, e saí de lá falando: 'Tenho certeza que teremos a Xuxa'".


Ainda segundo Marcelo, a apresentadora "não terá limites" na nova casa, comandada por Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, evangélica. "Até os padres Marcelo e Fábio de Melo ela vai poder levar, se quiser."

"Como é difícil trabalhar numa emissora onde você não pode, não pode. Aqui eu posso, eu posso", disse Xuxa, ao lembrar que, na Globo, convivia com uma série de restrições impostas a seus programas. Quadros assistencialistas, por exemplo, eram barrados na emissora, que já tem o "Criança Esperança".

"A Globo também não me deixava cantar minhas músicas nos programas", desabafou. "E para levar crianças, era super restrito, tinha que pedir autorização e só podia em uma data temática, como no Dia das Crianças. Como eu tenho a voz infantil, eles tentavam fugir desse estereótipo", explica ela, que no entanto afirmou não guardar nenhuma mágoa da antiga emissora.

A ideia, segundo ela, é que a estreia na Record aconteça em dois ou três meses. A emissora, porém, ainda não tem equipe montada e busca um diretor global para comandar a atração.

"Estou aberta para o novo. Quero fazer tudo o que lá [na Globo] não podia. Estou me sentindo aberta, solta, e isso é fantástico... Opa, não posso falar essa palavra", brincou, ao citar o nome do jornalístico global. "É espetacular", consertou, fazendo alusão ao programa da nova casa, "Domingo Espetacular".

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