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Atriz diz que aprendeu a se portar 'como mulher de sua idade' com papel em 'A Segunda Vez'

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Quando fez teste para entrar no elenco da série "A Segunda Vez" (Multishow), Priscila Sol tinha em mente interpretar uma das prostitutas vizinhas do jornalista Raul (Marcos Palmeira).

A atriz acabou sendo ficando com o papel da ex-mulher de Raul, a advogada Ariela, que começa a série terminando o casamento de dez anos e, inconscientemente, aproximando o jornalista desempregado das garotas de programa vividas pelas atrizes Letícia Persiles, Monique Alfradique, Eline Porto e Gabriela Grecco.

"Ela é politicamente correta, super séria, decidida, amiga. Ela tem todas as qualidades que uma mulher deve ter e que um homem sonha numa mulher. Só que ela é humana, normal, cai em contradição, se arrepende. Fala que não quer para ver se o cara muda, mas ele não muda. E aí, como fica?", disse a atriz em evento com a imprensa.

A escalação como Ariela foi uma surpresa para a atriz, acostumada a interpretar mulheres dez anos mais jovens do que seus reais 34 anos de idade.

"Descobri como me portar como uma mulher, por que às vezes eu me infantilizava, fragilizava o olhar. O diretor disse que me escolheu por que eu sou uma mulher real. Não tenho cara de 34 anos, mas tenho. Não pareço ter um filho de 11 anos, mas tenho e namoro um cara de 25 anos. Tenho jeito de menina, mas posso fazer uma mulher", aposta.

Além de explorar um perfil mais maduro, a personagem exigiu mais despudor de Priscila por causa das cenas sensuais, coisa que até então não havia explorado em seus papéis anteriores nas novelas "Lado a Lado" (2012) e "Viver a Vida" (2010).

"Nenhuma cena de sexo foi por acaso. Tem uma cena incrível e finaliza na cena de sexo. É técnico, é como se fosse uma dança. É tanta marcação, luz, tem um monte de gente envolvida. Você nem tem mais vergonha por que estão todos fazendo profissionalmente".

Priscila já aposta em uma próxima temporada e acredita que o formato, além de prender melhor a atenção do telespectador por ser mais curto, ajuda a aquecer o mercado para artistas que não encontrariam espaço na televisão aberta.

"Ninguém tem paciência para assistir uma novela de oito meses, as novelas tão diminuindo. As séries te prendem, por que são 15 episódios diários, e abrem um campo enorme para novos talentos. Tenho amigos que estavam desempregados por que não tinham o biótipo de televisão. São pessoas reais, que fazem cenas com ruga, sem cílios postiços. A gente quer coisa real, ninguém aguenta mais ver bonecos", afirma.


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