Com uma avalanche de cores, efeitos visuais e atuações nada naturalistas, "Meu Pedacinho de Chão", nova novela das seis da Globo, estreou nesta segunda-feira (7) com 17,5 pontos na prévia do Ibope.

Cada ponto equivale a 65 mil domicílios da Grande São Paulo.

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O índice —o pior de todos os tempos para o horário— é inferior ao do primeiro capítulo de sua antecessora, "Joia Rara", que marcou 21,2 pontos, em setembro de 2013.

"Lado a Lado", que detinha o título de menor audiência na estreia, começou com 18,1 pontos na média consolidada.

No horário de "Meu Pedacinho do Chão", Record ficou em segundo lugar, com 10,8 pontos. A Band ficou em terceiro com 3,5, seguida do SBT, com 3,1 pontos.

Reedição do folhetim de 1971 de Benedito Ruy Barbosa, o remake acompanha a vida dos cidadãos da vila de Santa Fé, num lugar ermo do interior do Brasil, sem período definido.

A estética de desenho animado misturada a um conto de fadas empregada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho relembra outros de seus trabalhos, principalmente as séries "Hoje É Dia de Maria" e "Capitu".

O primeiro capítulo mostrou a chegada da professora Juliana (Bruna Linzmeyer), cuja presença não é aceita pelo coronel Epaminondas Napoleão (Osmar Prado), temido líder local.

Em casa, o personagem também é temido por seus empregados e familiares. Expulsou o recém-chegado filho, Ferdinando (Johnny Massaro), ao descobrir que ele se formou engenheiro agrônomo, não advogado.

Apenas sua mulher, Catarina (Juliana Paes), e sua filha caçula, Pituquinha (Geytsa Garcia), conseguem amolecer seu coração, às vezes.

Aliás, cabe a Pituquinha e a seu amigo Serelepe (Tomás Sampaio) a narração da história.

Também tiveram destaque no primeiro capítulo de "Meu Pedacinho do Chão", Antonio Fagundes, como o italiano Giácomo, dono da venda da vila, e Rodrigo Lombardi, o Pedro Falcão, rival do coronel Epaminondas.

Em meio à fantasia, se insinuou um possível interesse lésbico da bastante masculina Gina (Paula Barbosa), filha de Pedro Falcão, pela professora Juliana.