Andréia Horta, 30, diz ter se impressionado após a primeira leitura do roteiro da série "A Teia" (Globo), assinado pelo casal de roteiristas Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho.

Depois de ler as cenas de violência da atração, a atriz passou um mês dormindo de luz acesa em casa.

"Nesse trabalho, a gente evoca uma energia muito negativa. Tem revólver com festim no set. Vou dar um tiro no cara, vai ter barulho. Te perturba um pouco", afirmou a atriz, ao "F5".

Apesar de ter se incomodado com a violência de "A Teia", em especial as sofridas por sua personagem, que capota em um caminhão e é espancada pelo amante, ela afirmou não ter problemas em assistir a filmes ou a esportes violentos, como o UFC.

"Em vários momentos tive aquela sensação de estar mergulhando num mar escuro à noite para trazer lá de baixo à tona um sentimento horrível, uma expressão de pavor, de pânico, de 'vou morrer agora'. Situações de limite."

PRIMEIRA-DAMA DO CRIME

Em "A Teia", Andréia Horta é Celeste, uma mulher de presidiário que acaba se tornando amante do bandido Baroni (Paulo Vilhena), chefe da quadrilha responsável pelo assalto ao aeroporto de Brasília.

Ex-prostituta, Celeste assume a condição de "primeira-dama do crime", acobertando o que sabe sobre a quadrilha, enquanto convive com os ciúmes de Baroni.

"Ela dá o rebolado dela para aguentar o que dá para aguentar, calar o que pode calar", explicou.

A personagem foge do estereótipo de mulher de bandido e de periguete pela simplicidade e sutileza.

"Não acho que ela seja periguete. Eu entendo que periguete é uma atitude, independente da roupa. Você pode estar com uma roupa de periguete e não ser nada periguete."

"Ela se sente bem usando decote, calças justas, mas ela é extremamente discreta, não é estereótipo de nada, por isso eu não a consideraria uma periguete", acrescenta a atriz.

"A Teia" estreia na Globo, no dia 28 de janeiro, depois do "Big Brother Brasil 14".