Danielle Winits, 40, está surpresa com o ódio gerado por sua personagem, Amarilys, em "Amor à Vida" (Globo).

"Já fiz a superficial, a traíra, a safada, mas a odiada é a primeira vez", disse ao "Diário de SP". "O problema é que não se esperava essa faceta da Amarilys, de dar uma facada nas costas do melhor amigo. Por isso, é natural essa reação da pessoas. E se elas se sentem assim em relação a ela, é sinal de que estou fazendo bem meu trabalho."

Na trama, a médica se ofereceu como barriga solidário para o amigo Niko (Thiago Fragoso), mas depois roubou o namorado dele, Eron (Marcello Antony).

"Apesar de ter chegado com uma personalidade mais solar, Amarilys, no fundo, era uma mulher só, frustrada pelo não acerto nas relações", avaliou. "Com a oportunidade de fazer acontecer o grande sonho de ter uma família, ela acabou exteriorizando esse lado negro."

"No início, os gays tinham uma coisa de adoração por ela. Eles diziam: 'Que mulher moderna, vai ser a salvadora da pátria para Niko e Eron terem um filho e concluírem o sonho que vários casais gays têm'. De rainha virei a servente do palácio, o diabo, porque eles ficaram transtornados", analisou. "Nas ruas, gritam para mim: 'Eu te odeio!'."

"Amarilys mexeu com os gays, com o coração deles. Já é difícil conseguirem ter uma aceitação e ela bagunçou o coreto de um casal já estabelecido. Apareceu como uma 'cura gay', como pode?", contou. "É meio complicado sair na rua. Mas estou amando."

Na vida real, Winits diz que também já levou rasteira de uma pessoa que fingiu ser amiga dela.

"Era lobo em pele de cordeiro. Essa pessoa fazia parte da minha vida, da minha família. Dizia que torcia pela minha felicidade, que estava me ajudando. Quando vi, do nada, levei bola nas costas", contou. "Isso desnorteia, porque você sente que não a conhecia, que projetou uma pessoa que não existia."

"Graças a Deus não preciso conviver mais. A minha felicidade hoje é o castigo dela."