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"Prefiro trabalhos mais delimitados, como séries", diz Maria Fernanda Cândido

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Maria Fernanda Cândido, 39, pede desculpas pelo atraso (nem meia hora) antes mesmo de dizer oi. "A gente acha que conhece a cidade, mas ainda acontecem coisas inesperadas", diz a atriz ao chegar à escola Casa do Saber, no Itaim, da qual é sócia.

O imprevisto do dia: Blanche, sua gata persa branca de seis meses, estivera indisposta de manhã. Maria decidiu levar o bichano ao veterinário.
Longe de novelas globais, a paranaense consegue tempo para essas tarefas rotineiras, como ir ao mercado com os dois filhos e o marido francês.

"Sou superfamília", diz ela, que estreou há uma semana peça sobre relações familiares no teatro Faap. A arte não imita a vida nesse caso.

"A Toca do Coelho" é uma história triste sobre um casal (ela e Reynaldo Gianecchini) que lida com uma perda. O texto, premiado com Pulitzer e Tony, virou filme com Nicole Kidman. "É um dos papeis mais fortes que já fiz."

E Maria se prepara para viver outra mulher de aço: a arquiteta Lina Bo Bardi, que desenhou o Masp, em filme do artista britânico Isaac Julien. "Esse projeto está um pouquinho atrasado. Mas vai dar tudo certo."


Sua personagem não é bela nem usa maquiagem. Isso a atraiu ao papel?
É uma mulher que perdeu muito, não faria sentido ela estar lá linda.

Está fora do circuito de novelas?
Faz tempo. Uma coisa é o critério artístico, superimportante. A outra é a família. Prefiro trabalhos mais delimitados, como séries, de três meses. Um ano fazendo novela é difícil na época de alfabetização dos filhos [tem Tomás, 7, e Nicolas, 4].

Já cogitou se mudar para o Rio?
Estou aqui e amo São Paulo.

Ama o que exatamente?
É uma cidade que te deixa mais livre. E não só por não ter aquele assédio que tem no Rio. Posso ir à Liberdade, comer um sushi e ver uma tribo. Vou pro Bexiga, numa cantina, e é outra tribo. Isso é maravilhoso, são muitas cidades.

E você pratica essa diversidade?
Frequento os parques. Vou pro do Povo e, no fim de semana seguinte, vou ao da Água Branca, que tem marreco, galinha, pavão. O carrinho dos churros.

Você fazia dança. Continua?
Menos do que gostaria. Zouk [ritmo caribenho popular na França], às vezes.

Como é criar filhos em São Paulo?
Não temos mais babá. Todos têm que colaborar em casa. As crianças ficam mais autônomas. "Cadê o meu brinquedo, mamãe?" "Está lá onde você deixou." É vida real dentro de casa.

E fora de casa, como é?
Procuro ir devagar com eventos sociais para eles. Um grande espetáculo por mês, como Cirque du Soleil, e não três.

Acompanha política?
Fui a um protesto, com um cartaz que dizia "reforma política já". A gente fica muito triste com essa história do mensalão. Precisamos tirar paciência não sei de onde, mas precisamos desse último fio de paciência.

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