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Série "Game of Thrones" foi atração de TV mais pirateada em 2012

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Selo BBC Brasil

A série "Game of Thrones" foi a atração de TV mais pirateada pela internet neste ano, segundo o relatório anual publicado pelo site Torrentfreak.

De acordo com o site, foram feitos 4.280.000 downloads ilegais de um episódio da série, o que representa mais do a audiência média da série nos Estados Unidos.

O Torrentfreak afirmou que houve um ''pequeno aumento'' no download ilegal pela internet.

O aumento se deu mesmo após uma ampliação nos esforços para bloquear sites que fornecem acesso a conteúdos que infringem direitos autorais.

Investigações realizadas por autoridades dos Estados Unidos, México e Ucrânia levaram ao fechamento de dois dos mais populares sites de compartilhamento ilegal de arquivos em todo o mundo, o Megaupload e o Demonoid.

As campeãs da pirataria

1. Game of Thrones
2. Dexter
3. The Big Bang Theory
4. How I Met Your Mother
5. Breaking Bad
6. The Walking Dead
7. Homeland
8. House
9. Fringe Revolution
10. Revolution

(Fonte: Torrentfreak)

"Game of Thrones" é uma adaptação da série de livros fantásticos "A Song of Ice and Fire", de George R. R. Martin. O seriado, farto em intriga política, violência e sexo, narra as aventuras fantásticas vividas nos sete reinos imaginários de Westeros, onde verões e invernos duram décadas inteiras.

Crédito: Divulgação O ator Sean Bean em cena da série "Game of Thrones", da HBO, baseada nos livros de George R.R. Martin
O ator Sean Bean em cena da série "Game of Thrones", da HBO, baseada nos livros de George R.R. Martin

Restrições

O elevado número de download ilegais da série pode estar ligado ao fato de que a HBO, a emissora de TV paga que produz a série, não permite que serviços de streaming americanos, como Netflix, Hulu, Amazon Prime e outros, tenham acesso aos seus programas.

Para ter acesso à programação da HBO, é preciso acessar o serviço de streaming da emissora, o HBO Go Online, que só está disponível para seus assinantes.

Segundo o Torrentfreak, além dos Estados Unidos, a Austrália é um dos países que mais responde pelo download ilegal de episódios de "Game of Thrones". Isso estaria ligado ao fato de que os capítulos da série são exibidos na Austrália uma semana depois da exibição original nos Estados Unidos.

Na opinião do editor do Torrentfreak, Ernesto Van Der Sar, o pirateamento de programas de TV poderia ser reduzido se os produtores de algumas das atrações televisivas mais pirateadas tornassem o conteúdo de suas acessível a um número maior de pessoas.

''Nem todas as pessoas que pirateiam o fazem porque é de graça, a disponibilidade também é um grande fator. A maior parte dos títulos que integram a lista de 10 séries mais pirateadas estão protegidos por paywalls e não são amplamente distribuídos. Se as companhias de TV as oferecessem a uma audiência maior, a pirataria seria menor do que é atualmente'', afirma Van Der Sar.

''Mas não tenho certeza de que do ponto de vista dos lucros essa seria a melhor decisão, já que eles se valem dessas assinaturas caras e ainda conseguem vender muitas delas. Se eles fossem permitir que as pessoas baixassem episódios avulsos do Netflix, por exemplo, eles provavelmente não fariam tanto dinheiro'', acrescenta o editor do Torrentfreak.

Medidas antipirataria

Diversos países estão tomando ações para coibir a pirataria. Os Estados Unidos e a Rússia - um dos países onde mais ocorrem downloads ilegais - assinaram um tratado conjunto se comprometendo a apreender e destruir equipamentos usados para piratear arquivos, a atuar juntos na criação de leis de combate aos downloads ilegais.

Entre as possíveis medidas estaria uma lei a ser implementada na Rússia que faria de servidores de internet possam ser punidos por dispor de conteúdo pirata em suas redes.

Os grandes servidores de internet americanos introduzirão a partir do ano que vem um plano mediante o qual suspeitos de pirataria receberiam uma série de cartas de advertência e, se não cumprirem as determinações estariam sujeitos a punições como a redução da largura da banda e outras.

O Reino Unido também pretende adotar medidas similares a partir de 2013.

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