Artista cria 'Barbie humana' em impressora 3D e questiona padrões da fabricante
O artista americano Nickolay Lamm encontrou uma forma criativa de questionar os padrões estéticos adotados pela americana Mattel em sua tradicional boneca Barbie.
Para mostrar como seria possível criar um brinquedo atrativo esteticamente, mas com proporções humanas saudáveis, Lamm criou um protótipo que segue as medidas corporais do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA para uma adolescente americana saudável de 19 anos.
O resultado obtido é muito diferente do produto encontrado nas lojas. A versão de Barbie confeccionada com a ajuda de uma impressora 3D é um pouco mais baixa, tem cintura mais larga e pés maiores. Para o artista, o protótipo também parece ser vendável e é agradável esteticamente.
Lançada em 1959, a Barbie é alvo de críticas de grupos feministas que a acusam de promover um modelo inalcançável de imagem corporal.
Em entrevista ao Huffington Post, Lamm afirmou que "se nós criticamos modelos muito magras, devemos, pelo menos, estar abertos à possibilidade de que a Barbie possa influenciar negativamente as meninas também".
"Se há ao menos uma pequena chance de que a Barbie como é apresentada afete negativamente meninas, e se o modelo com medidas de uma mulher saudável é bonito, o que impede a Mattel de começar a produzir bonecas assim?", questiona.
RESULTADO
A Barbie é uma das marcas mais conhecidas da Mattel, que no primeiro trimestre de 2013 viu seu lucro líquido quase quadruplicar, na comparação com o mesmo período de 2012.
O resultado da fabricante americana de brinquedos avançou de US$ 7,8 milhões para US$ 38,5 milhões. A divisão da Mattel que abrange as vendas da boneca, entre outros produtos, faturou US$ 692,2 milhões em vendas no período.
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