Ricardo Feltrin

Show do Creed no Brasil custa menos que o de Luan Santana

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Responda rápido: qual desses shows custa mais para um empresário? a) o de uma banda dos EUA, que já vendeu cerca de 40 milhões de CDs e é famosa no mundo inteiro; b) ou o de um brasileiro pop-brega que vendeu apenas 300 mil CDs e é, internacionalmente, um zero à esquerda?

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Se você escolheu a alternativa "a", resposta errada. Os shows que a banda Creed fará no Brasil, em novembro, vão custar bem menos do que os shows do brega Luan Santana. Pode crer, leitor: enquanto o Creed, histórica banda pós-grunge, vai cobrar por volta de US$ 120 mil (R$ 240 mil) por cada show que fará em Belo Horizonte, São Paulo, Rio e Porto Alegre, um show de Luan Santana está custando US$ 150 mil (R$ 300 mil). Ou até um pouco mais.

Crédito: Alexandre Rezende/Folhapress Luan Santana
O sertanejo Luan Santana, cujo show está custando cerca de US$ 150 mil, mais do que os da banda Creed

Indecência é pouco...

Não bastasse essa, digamos, excentricidade do show business, o ingresso mais barato para o Creed (plateia 3) custa, segundo o site da Tickets for Fun, R$ 90. Mas, um momento: falta avisar que o desapegado e pouco ganancioso site cobra mais R$ 80 como "taxa". Ou seja, a empresa que vende ingresso --a atravessadora-- está quase inflacionando o show em 100%. Mais ridículo e inaceitável é que há taxas diferenciadas para ingressos mais caros. O infeliz que quiser comprar a pista premium para ver o Creed vai pagar R$ 350 pelo ingresso e mais uma "taxa" de R$ 129, somando tudo R$ 479.

Cadê o Procon, a Proteste, o Ministério Público, a Polícia, o Bastão?

Como é que os órgãos de defesa do consumidor permitem que essas empresas parasitas, que muitas vezes monopolizam a venda de ingressos, vampirizem a sociedade dessa forma --com a cobrança de taxas não só absurdas, como também diferenciadas de acordo com o valor do ingresso? Por acaso o papel no qual o ingresso premium foi impresso é maior ou mais pesado, ou mais difícil de transportar que o da plateia? Chamar isso de pouca vergonha é até uma forma de elogio...

Custo Brasil?

Não. Custo das larvas que dominaram o país, em todos os setores.

AM definhando

Entre os trimestres fevereiro/março/abril e julho/agosto/setembro, as 10 rádios AM mais ouvidas em São Paulo perderam em média 60 mil ouvintes por minuto, segundo dados do ibope obtidos com exclusividade por esta coluna...

Ranking

A Rádio Globo continua líder, mas caiu de seus 134,5 mil ouvintes por minuto para atuais 115,4. A vice-líder, Capital, também caiu de 96,2 mil ouvintes/minuto para 86,2 mil. De destaque vale observar que a rádio Record passou do 8º para o 6º lugar, ultrapassando assim a CBN (7º). E a CBN já está sendo acossada também pela cada vez mais próxima rádio Gospel (8º).

Crédito: Divulgação
Gabriel Byrne em cena da versão americana de "In Treatment"

Terapia pra bovino dormir

Já falamos nisso na semana passada, mas vale corrigir: "Sessão de Terapia", no GNT, não pode ser chamado de versão da série "In Treatment" (HBO). Está mais para paródia. A direção não precisava fazer o médico nacional (ator Zé Carlos Machado) virar uma imitação caricata, até nos maneirismos e trejeitos, do ator original, o premiado Gabriel Byrne. Um pouco de personalidade nunca fez mal a nenhuma produção, não é? Mesmo as adaptadas...

Ufa!

Depois de passar algumas semanas beirando os 11 ou 12 pontos de média no ibope, a novelinha "Malhação" deu uma pequena recuperada de fôlego na semana passada, chegando a marcar 15 pontos na última sexta. Não está nem perto dos recordistas 31 pontos registrados em 2004. Para falar a verdade não está perto nem dos quase 19 pontos registrados em 2010. Mas já é alguma coisa melhor. Cada ponto de ibope vale, atualmente, por 60 mil domicílios sintonizados.

Por outro lado...

Aos poucos esvaem-se as esperanças na Record de que a nova novela "Balacobaco" vá salvar a lavoura do horário nobre da emissora. A novela de Gisele Joras estreou com 8 pontos na última quinta-feira, mas já bateu na casa dos 5 pontos, na última segunda. E, como já é tradição na "tranquila" e "estável" direção da Record, já se fala em mudar o horário da novela em breve. Pfu... como se isso fosse ajudar...


SOOOOOOOBE!

"Chegadas e Partidas"

Uma ótima notícia também chega do GNT. "Chegadas e Partidas", um dos mais simples e tocantes programas da TV paga, terá mais uma temporada. Com Astrid Fontenelle, que, na opinião desta coluna, é uma das melhores apresentadoras do Brasil "ever".

DEEEEEESCE!

Danielle Winitz

Ela é um dos pontos fracos da comédia nacional "Até que a Sorte nos Separe", em cartaz nos cinemas, e que ao menos conta com o divertido Leandro Hassum. A atuação de sua parceira na trama, no entanto, não chega a ser comédia --é mais uma caricatura. A verdade é que dona Winitz (agora se escreve com "z") faz o papel de sempre: o de si mesma. Uma chatonilda.

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