"A Fazenda 4" tem final óbvio
O programa mais trash da TV Brasileira, "A Fazenda 4", terminou mais previsível do que se esperava. Tudo indicava que Monique Evans, a musa dos anos 80, seria a campeã da alardeada final apenas com mulheres do reality. Engano. O óbvio ganhou com a vitória da esperta e bonita Joana Machado, uma moça que entrou na "Fazenda" como "ex namorada do jogador Adriano" (sim, ex de jogador é profissão de subcelebridade), mas que se mostrou inteligente e brava.
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Joana bateu de frente com os caras mais machistas e grosseiros que poderiam ter sido escalados pela Record. Entre eles, o paraquedista Guilherme de Pádua e o jogador Dinei. Ela não se intimidou com as ogrices dos companheiros. Foi para cima. "Homem tem que ter honra", berrou para um deles. Veja bem, gritar com um cara desses, em um ambiente baixo como o do programa, é coisa para moça de coragem, sim. A garota é esperta.
Mas a vitória é obvia. Subversivo mesmo seria se Monique Evans, que já não é mais musa, que chora sim, que borra a maquiagem e vive descabelada e nervosa pelos cantos ganhasse. O público teria premiado aquilo que está bem longe de ser perfeito. E que por isso mesmo é muito humano. Monique assumiu que sofre de depressão e que vive sem dinheiro (mais reles mortal, impossível).
Mas nada mal. Quem agüentou as duas cansativas horas da final do programa (que teve edição lenta e momentos ridículos, como a pausa para o comercial na hora em que o primeiro lugar seria anunciado) pelo menos viu a alegria de uma moça que mostrou que é mais que uma namorada de alguém. Já é alguma coisa. Ainda mais para um programa deprimente como "A Fazenda 4", onde um homem, "Compadre Whashington, disse a seguinte frase (para uma mulher): "Se tiver que bater, eu bato mesmo. Comigo é assim. Falou da minha família eu meto a faca."
Lembrando de tudo de ruim que aconteceu no programa, a final parece quase um milagre.
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