'Pra quê ter voz se não vou usá-la para o que acredito?', diz Jennifer Lawrence
Engajada no combate às diferenças salariais entre homens e mulheres em Hollywood, Jennifer Lawrence novamente tocou no assunto em entrevista à revista americana "Glamour", da qual é capa em fevereiro.
Depois de ter escrito uma carta pública denunciando o problema, publicada na newsletter da comediante Lena Dunham em outubro de 2015, a atriz recebeu apoio de colegas do ramo.
Apesar da iniciativa, J.Law confessou que se sentiu amedrontada por tocar em um assunto tão delicado. "Eu concordo totalmente quando alguns atores dizem 'Atores devem ficar de fora de assuntos políticos. Nós não somos políticos'. Meu trabalho se baseia em pessoas comprando ingressos e assistindo aos meus filmes... Não é estratégico para os negócios ser opinativo", confessou.
"Mas qual o ponto em ter voz se eu não vou usá-la para o que eu realmente acredito?", contestou a estrela teen, vencedora de um Oscar pelo longa "O Lado Bom da Vida" (2013). Filme, aliás, que catapultou o debate sobre a discrepância na remuneração de atores e atrizes, já que, apesar de premiada, J.Law recebeu menos que seus colegas homens.
Sucesso consolidado com a personagem Katniss Everdeen na franquia "Jogos Vorazes", a atriz tornou-se uma das heroínas mais badaladas pelo público jovem e adolescente. "Eu acho que perdurava essa mentalidade de que mulheres e garotas podiam se identificar com heróis homens, mas garotos e homens não conseguiam se identificar com uma heroína. Mas isso simplesmente não é verdade. Felizmente, conseguimos provar isso."
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