Celebridades

Steven Spielberg promete júri democrático no Festival de Cannes

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O diretor e produtor americano Steven Spielberg prometeu que será um presidente de júri "democrático" no próximo Festival de Cinema de Cannes, garantindo que, para ele, todos os filmes "são iguais" antes de serem exibidos, em uma entrevista concedida à revista francesa "Télérama", que será publicada na quarta-feira (2).

Para a pergunta "que tipo de presidente você vai ser?", o diretor de "E.T.", "Tubarão" e de "Lincoln" respondeu: "Democrático! Mas deem-me algum tempo: não faço parte de um júri desde o Festival de Avoriaz, em 1976."

Spielberg assegurou que não tem preferência por tipo de trabalho, popular ou exigente. "Acredito que antes de serem exibidos, todos os filmes são iguais. (...) Todas as vezes, as intenções são as mesmas, seja Christopher Nolan [diretor de 'Batman - O Cavaleiro das Trevas' e 'A Origem'] ou Michael Haneke [diretor de 'Amor'], a intenção é expressar o que tem em seu interior."

Crédito: Robyn Beck/France Presse O diretor Steven Spielberg
O diretor Steven Spielberg

O diretor ressaltou que o cinema independente "nunca foi tão bem representado", mesmo que as superproduções de Hollywood atraiam o público de massa, porque "as pessoas estão cansadas de ouvir sempre a mesma história".

Steven Spielberg explicou que assiste a entre quatro e seis filmes por final de semana. "Eu corro atrás do que perdi durante a semana de trabalho. Então, ver dois filmes por dia em Cannes será fácil."

DIGITAL X ANALÓGICO

Sobre a questão de se filmar de maneira digital ou analógica, o cineasta afirmou preferir "a pureza da película, este tipo de vibração visual que o digital não pode conferir".

"A diferença é praticamente a mesma entre a pintura a óleo e a acrílica", disse ele. "O que realmente importa é o traçado do artista, seu tema, sua filosofia, o seu talento."

Para o diretor, o 3D é "mais uma ferramenta na caixa de ferramentas, e nada mais".

Ele também afirmou ter "errado ao alterar digitalmente 'E.T.' há alguns anos". "Não farei isso de novo", garantiu.

Foi com "E.T." que Spielberg foi a Cannes pela primeira vez em 1982. "Ninguém acreditava que ele poderia ser bem sucedido. O estúdio o via como um pequeno filme autoral", lembra.

Spielberg, que diz nunca abandonar um filme pela metade, considera o público "menos paciente porque exige de todos os lados". Como exemplo, disse odiar quando as pessoas entendiadas no cinema enviam mensagens de texto e a tela dos telefones iluminam o ambiente.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias