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A singular vida da socialite que virou freira

Ann Russell Miller, que morreu neste domingo, teve dez filhos e 28 netos

Ann Russell Miller
Ann Russell Miller - Twitter/Mark. R. Miller
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São Paulo

Uma freira de 92 anos morreu neste domingo (6) em um mosteiro em Illinois, nos Estados Unidos. Ann Russell Miller não era uma freira comum, como destacou Mark Miller em um longo relato no Twitter. A começar que ela era mãe de Mark e outras noves pessoas. Tinha também 28 netos, muitos dos quais não chegou a conhecer, e mais de uma dúzia de bisnetos.

"Só a vi duas vezes nos últimos 33 anos, desde que entrou para o convento", escreveu ele. Mark acrescentou que as freiras carmelitas não trabalham em hospitais, escolas nem saem do prédio em que moram. "Elas oram. Elas vivem em silêncio 23 horas e meia por dia", acrescentou.

Nas visitas, os familiares não podiam abraçá-la ou sequer tocá-la. Ele e os outros irmãos só podiam ver a mãe separados por uma grade de metal.

Antes de se tornar freira quando tinha por volta dos 60 anos, Ann Russell Miller era uma mulher rica, que frequentava a alta sociedade de San Francisco. Ela se casou aos 20 anos, e sete anos depois já tinha cinco filhos —teria outros cinco nos anos seguintes.

"Ela fumou. Ela bebeu. Ela jogou cartas. Ela ficou grávida por mais de 400 semanas de sua vida", afirmou Mark em seu relato. "Ela dirigia tão rápido e imprudentemente que as pessoas saíam de seu carro com o pé dolorido de tanto pisar no freio imaginário", acrescentou.

O marido de Ann morreu em 1984. Cinco anos depois, ela doou tudo que possuía. E no seu aniversário de 61 anos fez uma grande festa de despedida em um hotel de San Francisco. No dia seguinte, voou para Chicago e entrou para o mosteiro.

"Os primeiros dois terços da minha vida foram dedicados ao mundo ", disse ela aos 800 convidados da festa, segundo reportagem do jornal SFGate. "O último terço será dedicado à minha alma."

Mark escreveu que seu relacionamento com a mãe era "complicado" e que ele não está de luto. Mas que ele reconhece a vida singular que ela teve. "Nasceu na década de 1920 e morreu na década de 20 do século seguinte", afirmou. "Diga oi para o papai por mim", concluiu. A causa da morte não foi divulgada.

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