Sequência de 'O Conto da Aia', 'The Testaments' é inspirado no 'mundo em que estamos vivendo'
Margaret Atwood lançou novo livro nesta terça-feira (10)
Centenas de fãs britânicos e norte-americanos de Margaret Atwood fizeram fila a partir da meia-noite desta segunda-feira (9) para serem os primeiros a comprar a sequência de seu romance best-seller distópico “O Conto da Aia” —um dos eventos culturais mais ansiosamente aguardados do ano.
“The Testaments” já entrou na lista final de um dos prêmios literários mais prestigiosos do mundo mesmo antes de seu lançamento, nesta terça-feira (10), em Londres, que deve ser transmitido em 100 cinemas de todo o mundo.
Nele, Margaret retoma a história de 1985 sobre um futuro totalitário no qual mulheres férteis são sujeitadas à servidão sexual para repovoar um mundo às voltas com um desastre ambiental, e que se tornou uma série de televisão popular.
“Publicações deste nível são poucas e espaçadas”, disse Bea Carvalho, compradora de títulos de ficção da rede de livrarias britânica Waterstones, que dará uma festa de lançamento à meia-noite na capital inglesa durante a qual a autora lerá trechos de sua nova obra.
“Este é, de longe, o maior lançamento do ano e um de seus maiores momentos culturais”, disse ela à Thomson Reuters Foundation.
Várias outras livrarias do Reino Unido e dos Estados Unidos também abrirão tarde para aqueles que esperam ter um primeiro vislumbre do romance.
A escritora canadense provocou empolgação e especulação ao anunciar, em novembro do ano passado, que estava trabalhando em “The Testaments”, que se passa 15 anos após o final ambíguo de “O Conto da Aia” no Estado totalitário fictício de Gilead.
“Tudo que vocês sempre me perguntaram sobre Gilead e seus mecanismos internos é a inspiração deste livro”, explicou. “A outra inspiração é o mundo em que estamos vivendo.”
A editora montou um esquema de segurança rígido —críticos receberam cópias do livro com título e capa falsos—, mas o sigilo a respeito da trama do livro foi violado quando a Amazon despachou algumas cópias em pré-venda por acidente.
Na semana passada, foi anunciado que ele já é um dos finalistas do Booker Prize. O presidente do júri, Peter Florence, o elogiou por ser “uma novela selvagem e linda que nos fala hoje com convicção e poder.”
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