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Francês de 51 anos está indo do Japão aos EUA a nado

Nadador, que já cruzou o Atlântico em 1998, deve atravessar 9.000 km em, no máximo, 8 meses

Benoit "Ben" Lecomte se preparando para partir de Choshi, no Japão, em direção a São Francisco, nos EUA
Benoit "Ben" Lecomte se preparando para partir de Choshi, no Japão, em direção a São Francisco, nos EUA - AFP
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São Paulo

Benoît Lecomte, 51, quer ser o primeiro homem a cruzar o oceano Pacífico nadando. O francês iniciou sua trajetória em Choshi, no Japão, nesta terça (5), e segue em direção a São Francisco, na Califórnia, a 9.000 km de distância do ponto inicial. Sua intenção é chamar a atenção para a poluição dos mares. 

Lecomte deve nadar cerca de oito horas por dia e fazer pausas para descanso e alimentação em um veleiro que o acompanhará. A viagem, que deve durar de seis a oito meses, será acompanhada por uma equipe de oito pesquisadores e estudiosos do meio ambiente e do corpo humano. Por isso, o veleiro carrega 2,8 toneladas de suprimentos. 

O francês é arquiteto por formação, mas descobriu na natação sua verdadeira paixão. Em suas redes sociais, ele manterá um diário de nado, contando a experiência de cada dia. Nos registros do primeiro dia, ele conta que se deparou com um tubarão, de aproximadamente um metro de comprimento, nadando abaixo dele. 

"Na quinta hora [de nado], minha equipe de apoio recebeu um chamado do Seeker [que estava na costa], que disse ter avistado um tubarão de 1,6 metro próximo ao veleiro. Eles estavam trazendo Maks [um médico] em um caiaque, com o equipamento de proteção contra tubarões. Mas antes mesmo dele chegar, avistei um tubarão de um metro logo abaixo de mim", escreveu ele.

Essa não é a primeira vez que Lecomte se aventura em nadar longas distâncias. Em 1998, ele nadou 5.980 km em 73 dias para cruzar o oceano Atlântico, saindo de Massachusetts, nos EUA, em direção a Brittany, na França. Na ocasião, ele foi acompanhado com um veleiro que produzia um campo eletromagnético de 7,6 metros contra tubarões (esse é o equipamento que ele se refere, inclusive, na postagem).

O propósito da primeira viagem, que contou com uma equipe de apoio de apenas três pessoas, era levantar fundos para pesquisas sobre câncer, doença que levou seu pai à morte anos antes. Neste ano, o intuito é cruzar ilhas de lixo no oceano Pacífico e alertar as pessoas para a poluição. 

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