Alpinista morre ao tentar provar que veganos podem escalar o Everest
Quatro pessoas morreram ao tentar escalar o Everest nas últimas semanas, incluindo a experiente alpinista Maria Strydom.
Ela e o marido, Robert Gropel, estavam cansados de comentários sobre a dieta vegana que seguiam os deixar mais fracos e cansados, por isso decidiram escalar os sete picos mais altos do mundo para provar que não ficavam atrás de ninguém. Faltava apenas o Everest.
No fim do caminho, a 8.000 metros de altitude, no ponto conhecido como "zona da morte", Strydom começou a se sentir mal.
O marido, então, perguntou se podia seguir em frente e completar a escalada.
“Quando eu cheguei ao topo do Everest, não foi nada especial para mim porque ela não estava lá”, disse Gropel à emissora australiana Channel 7.
O tempo em que Strydom ficou esperando pelo marido pode ter sido fatal. É que eles passaram mais de 31 horas na "zona da morte", mais que o dobro do recomendado devido à alta altitude e ao ar rarefeito.
Na descida, Strydom começou a sofrer com o acúmulo de líquido no cérebro e a ter alucinações. Morreu ao chegar ao terceiro acampamento da montanha.
“Eu ainda não entendo o que aconteceu”, disse Gropel. “Ela estava se sentindo forte, estava caminhando. Estava muito fraca e andando bem devagar, mas não sentia nada demais, estava conversando”, declarou.
Com líquido nos pulmões e sem oxigênio, ele precisou ser resgatado de trenó, mas já se recuperou.
O corpo de Strydom foi retirado do Everest por um helicóptero, cerca de dez dias após o acidente.
Também morreram na última semana Subhash Paul, um experiente escalador indiano, Eric Arnold, que fazia parte do grupo de Strydom e um dos guias da maior montanha do mundo.
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