Emílio Surita, do "Pânico", defende Rafinha e fala em "censura ao humor"
O apresentador e radialista Emílio Surita, do "Pânico na TV", defendeu o humorista Rafinha Bastos, da Band, que foi intimado a depor em inquérito que o investiga por suposta incitação e apologia ao estupro.
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Em um show de "stand-up", o integrante do "CQC" e de "A Liga" disse que "toda mulher estuprada é feia e que o estuprador devia ganhar um abraço". A declaração foi reproduzida na revista "Rolling Stone". O Ministério Público de São Paulo pediu abertura de inquérito policial contra Bastos.
"Isso é um absurdo, o cara está tendo de se defender por ter feito uma piada", afirma Surita.
"As pessoas podem dizer que gostaram ou não da piada, podem achar uma droga e sair do show. Mas daí a processar o cara por causa de uma piada? Onde isso vai chegar?", protestou o apresentador e idealizador do "Pânico na TV".
Surita, 50, nega que sua defesa seja "corporativa", pelo fato de seu programa também trabalhar com humor politicamente incorreto. Ele comparou a denúncia contra Rafinha à perseguição sofrida nos anos 60 pelo humorista norte-americano Lenny Bruce (1925-1966). Bruce, judeu, cujo nome verdadeiro era Leonard Alfred Schneider, foi preso várias vezes por "obscenidade".
Schneider acabou julgado, condenado e preso em um reformatório. Morreu em 1966, após deixar a prisão sob fiança, de overdose de drogas.
"As pessoas precisam entender que uma piada é só isso: uma piada. O que está acontecendo (no caso Bastos) é censura, e censura ao humor", afirmou.
Assista em vídeo à entrevista completa de Surita ao F5, na próxima terça-feira.
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