Kamie, de Catfish, diz que pandemia elevou fake na web: 'Loucura e lágrima'
Apresentadora está ao lado de Nev nos episódios inéditos do reality
Apresentadora está ao lado de Nev nos episódios inéditos do reality
Se é online que um catfish surge, será também por trás dos computadores que ele será desmascarado. Pelo menos na pandemia. O programa Catfish (MTV) voltou com episódios inéditos da sua oitava temporada com os apresentadores ainda resguardados em suas casas.
Nev Schulman, 36, e Kamie Crawford, 28, comandam os episódios veiculados às quartas-feiras na MTV Brasil. Kamie, no entanto, avisa que durante a temporada as saídas da dupla retornam, culminando na volta ao QG do reality, deixado desde o início da pandemia.
“Conforme os regulamentos e restrições se afrouxam nos Estados Unidos, nós lentamente abrimos nosso caminho de volta a algum senso de normalidade e os fãs verão Nev e eu juntos novamente em breve no QG do Catfish!”, comemora ela em entrevista por email ao F5.
Kamie, que virou apresentadora fixa na última temporada, conta que a empolgação era tão grande para voltar a gravar, que o fato que ser em casa não desanimou. Na verdade, a dupla se sentiu mais perto dos fãs, em geral também em home office.
“Foi uma experiência muito divertida, mas estou ansiosa para voltar à estrada”, brinca ela. Quem ganhou de verdade foram os fãs, que estão podendo acompanhar os apresentadores em suas rotinas, ver suas casas e até mesmo conhecer Biggie Smalls.
“Ele é a estrela do show agora”, brinca ela sobre seu cachorro da raça boston terrier. Os fãs gostaram tanto de vê-lo no dia a dia da apresentadora, que Kamie não descarta levar o pequeno nas viagens do programa quando as coisas voltarem ao “normal”.
Apesar dessas pequenas mudanças, Catfish, que estreou em 2012, não perdeu sua essência com a pandemia. Na verdade, os apresentadores dizem que a busca por amizade e amor na internet e o uso de perfis falsos continuaram e até aumentaram nesse período.
O termo catfish é justamente usado para definir pessoas que criam esses perfis falsos para enganar na web. Nev e Kamie viajam pelos EUA ajudando casais que mantêm relacionamentos online, sem nunca ter se visto e muitas vezes se deparam com perfis desse tipo.
Para Kamie, eles pioraram agora por culpa do tempo livre, que aumentou na pandemia, e da necessidade de criar conexões, que também cresceu com tanta gente em casa, muitas vezes sozinhas. “Todos vivemos a experiência compartilhada de querer fazer conexões.”
“Mesmo sem a pandemia, as pessoas têm suas próprias barreiras pessoais que as impedem de formar relacionamentos reais e acabam criando ligações com pessoas que nunca viram ou falaram. Às vezes, ter algo é melhor do que não ter nada.”
Kamie mesmo afirma que passou por momentos difíceis na pandemia. Ela conta que contraiu a Covid-19 em março do ano passado e que essa “foi a coisa mais desafiadora emocional e mentalmente pela qual passei em algum tempo.”
“Mas sou realmente abençoado por ter superado. Estou saudável, minha família e amigos também e eu não poderia estar mais grata por isso. Agora que estou vacinada estou ansiosa para viajar e o Brasil está, definitivamente, na minha lista de desejos”.
Enquanto isso não acontece, Kamie promete uma temporada de Catfish com “muita loucura, lágrimas, algumas conexões amorosas e muitos momentos ‘WTF’ [‘what the fuck’ ou ‘que merda é essa’, em português]”.
Kamie, que começou no programa como apresentadora convidada, assumiu o posto oficialmente no ano passado, substituindo o cineasta Max Joseph, 39. Muitas vezes empática e carinhosa com os participantes, já foi alvo de catfishs desmascarados.
“Eles sempre veem atrás de mim”, brinca ela, que chama esses momentos de memoráveis e destaca não se importar com isso. “Tudo bem para mim, contanto que eu saiba que fiz as perguntas que precisam de respostas”, afirma.
Seus momentos preferidos, no entanto, são os que acontecem atrás das câmeras, afirma Kamie, que destaca aqueles em que ela e Nev saem com os “esperançoso” --como são chamadas os enganados pelo catfish-- para conhecê-los melhor.
A apresentadora afirma que nem sempre começa uma investigação acreditando que virará uma conexão amoroso. Seu desejo, na verdade, é que esses as pessoas “se defendam e sejam realistas sobre onde estão se metendo”.
“Isso vale até para os casos em que a pessoa com quem estão falando não mentiu sobre quem é. Se ela não pôde torná-lo uma prioridade antes de entrar no programa, talvez você precise repensar quanto de investimento está disposto colocar nele.”
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