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Televisão

Netflix doa R$ 3 milhões a associação brasileira de profissionais negros

Empresa diz ser necessário que mais brasileiros possam se ver refletidos na tela

Prédio da Netflix em Los Angeles - Lucy Nicholson-16.jul.2018/Reuters
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São Paulo

A Netflix anunciou nesta terça-feira (16) que doou R$ 3 milhões à APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). A empresa fez o depósito por meio do Fapan (Fundo de Amparo a Profissionais do Audiovisual Negro), que auxilia trabalhadores das indústrias de cinema e TV no Brasil.

O valor deve beneficiar, segundo a Netflix, 875 profissionais autônomos e 275 representantes de empresas com vocação para a produção de conteúdo identitário. As inscrições para receber o auxílio serão abertas a partir de 21 de março, Dia Internacional contra a Discriminação Racial.

Além desse valor, mais R$ 2 milhões foram destinados à APAN, ao Instituto Querô, ao Instituto Criar e ao Instituto Nicho 54. A ideia é que, com esse dinheiro, eles criem programas de mentoria, treinamento e capacitação de talentos negros em todo o Brasil.

O serviço de streaming diz que a iniciativa faz parte do compromisso da Netflix de apoiar profissionais e organizações do audiovisual negro e suas permanências no mercado audiovisual, para que assim mais brasileiros possam se ver refletidos na tela.

"Vidas negras importam e suas histórias também", diz a empresa em comunicado. "Esperamos que essas iniciativas —somadas a tantas outras que ainda são necessárias— possam reduzir um pouco as desigualdades e fazer com que essas potências, espalhadas pelo Brasil, se encontrem e ampliem suas vozes. Assim, mais brasileiros também poderão se ver refletidos na tela."

A doação saiu de um fundo de US$ 150 milhões criado pela empresa, que está sendo aplicado em mais de 20 países. Ele foi criado para apoiar o setor audiovisual durante a pandemia de coronavírus em países onde a Netflix tem uma grande base de produção. O Brasil já havia sido beneficiado com auxílio emergencial para profissionais do setor em 2020.

"Somos a primeira ou talvez segunda geração de criadores pretos brasileiros que têm a oportunidade de derrubar os muros que nos separam de uma narrativa verdadeiramente plural", comentou Rodrigo Antonio, sócio-diretor da APAN. "Palavras como diversidade e representatividade não dão mais conta da multiplicidade da negritude. Nossas histórias são urgentes, ao passo em que mais pessoas querem se ver refletidas em diferentes telas."

"Ao fortalecermos as narrativas negras, passamos de personagens marcados por estereótipos a protagonistas das nossas próprias histórias", avalia. "Cinema negro não é, nem deve ser tratado como um gênero. É uma revolução."

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