Televisão

Globo Repórter celebra 70 anos da TV com depoimentos de quem ajudou a fazer sua história

Tony Ramos, Glória Perez e Faustão estão entre os entrevistados

Globo Repórter, 70 anos de TV

Edney Silvestre entrevista Glória Perez para o Globo Repórter sobre os 70 anos da TV Divulgação

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São Paulo

Um voo sobre as variadas e diferentes fases da televisão no país. É esse o mote que o Globo Repórter vai abordar nas duas próximas sextas-feiras (18 e 25 de setembro). As apresentadoras Glória Maria e Sandra Annemberg se unem a Edney Silvestre, Renato Machado e Isabela Assumpção para entrevistar atores, personalidades e apresentadores que ajudaram a fazer a história da TV em seus 70 anos no Brasil.

Entre os entrevistados estão o apresentador Faustão, os autores de novela Silvio de Abreu e Glória Perez, e os atores Tony Ramos, Lima Duarte e Renata Sorrah. Mas também haverá gente anônima, que de alguma forma teve influência nos rumos que a TV tomou em determinado momento.

“A entrevista que fiz com Tony Ramos foi muito aberta, muito relaxada e muito consciente. É um profissional que, quando começou, a carreira ainda era um sonho a balançar e hoje é uma estaca firme na história da performance artística brasileira. A entrevista com ele tem muitos ensinamentos”, adianta Renato Machado que participa do Globo Repórter, entre idas e vindas, desde a década de 1970.

“O Globo Repórter é o retrato de uma situação. Pode ser um retrato de lente ampla ou um retrato de lente mais fechada. Nossos programas viajaram o mundo e abriram o planeta para nós, brasileiros. Contaram histórias que não sabíamos, mostraram personagens que não vamos esquecer. Muita gente passou a conhecer o mundo através do Globo Repórter”, complementa.

Além de Ramos, ainda há outros nomes no campo da dramaturgia. Edney Silvestre, por exemplo, bateu um papo com Renata Sorrah e com a autora Glória Perez. Com a última, ele, que tem seis anos na atração, afirma que aprendeu muito sobre novelas e sobre a relação dela com a autora Janete Claire (1925-1983).

Outro que marcará presença é Faustão, que falará sobre a popularidade dos programas de auditório. “Havia um teatro no Jardim Botânico (RJ) onde os espetáculos eram feitos, especiais como os de Chico Buarque, Caetano e Simone. E lá eram gravados programas do Chacrinha e do Faustão. E ele falou que uma vez houve ao vivo uma invasão de insetos no palco”, revela Edney sobre o conteúdo de parte da entrevista.

Um dos papos feitos pela repórter Isabella Assumpção foi com Sonia Maria Dorce, conhecida como a indiazinha da TV Tupi na década de 1950 logo quando a TV foi criada. Ela se tornou um símbolo da emissora na época. “Além dela bati um papo com o belo contador de histórias Lima Duarte. São dois personagens com muita história. Esses especiais dão um panorama geral do que foram esses 70 anos”, afirma a profissional com mais de 40 anos de carreira.

LEMBRANÇAS DOS 70 ANOS DE TV

Os próprios repórteres do Globo Repórter já protagonizaram alguns momentos importante da TV brasileira. Edney Silvestre, que tem mais de 20 anos de televisão, aponta como os momentos mais marcantes a visita do Papa João Paulo 2º a Cuba, em 1998; e o 11 de setembro de 2001, quando dois aviões atingiram em cheio as Torres Gêmeas, nos Estados Unidos.

“Esse foi no quintal da minha casa, já que eu morava na zona sul de Manhattan. Quando o avião bateu era óbvio que não era acidente. Era proibido voar sobre Manhattan. Não tínhamos ainda noção das coisas até o outro avião bater. Esses momentos foram inesquecíveis dramaticamente”, diz.

Colega de Edney no Globo Repórter, Isabella Assumpção conta que o mais interessante foi trabalhar por nove anos com jornalismo policial. “Muita gente torce o nariz para esse tipo de trabalho, mas eu adorava. Fiz cobertura dos grandes homicídios nacionais até rebeliões, o massacre do Carandiru. Passei por tudo isso prazerosamente.”

Para a apresentadora Sandra Annenberg, a vida dos brasileiros se divide entre antes e depois da televisão. “Ela aproximou as pessoas, trouxe para nossa casa o que acontece do outro lado do mundo. E foi com ela que o brasileiro descobriu o Brasil”, reflete.

Nesse meio de comunicação desde os seis anos, quando começou a figurar em teleteatro na TV Cultura, Sandra se diz apaixonada. Filha de produtora, cresceu correndo pelos estúdios. “Eu mudei junto com a televisão: de atriz me tornei jornalista e continuo apaixonada por essa relação que só a TV permite, o olho no olho, a empatia com o outro e a emoção pura”, diz.

O PAPEL DA TV E SEU FUTURO

Hoje contadores da história da TV em seus 70 anos no Brasil, os jornalistas do Globo Repórter também avaliam o que será desse meio de comunicação nas próximas sete décadas. Edney Silvestre, por exemplo, afirma que toda mídia e arte refletem seu tempo e seu povo.

“Mesmo que façamos, escrevamos série ou novela você está refletindo seu tempo. Nos próximos 70 anos para onde o país se inclinar a TV vai refletir isso. A TV brasileira é um retrato do Brasil. Nesses 70 anos a TV ajudou o brasileiro a entender o país”, opina.

Isabella brinca que espera, antes de mais nada, que a ciência a ajude a fazer parte da TV pelos próximos 70 anos. E revela que deseja ver uma TV com mais variedade e inclusão. “A TV pode abranger um público ainda maior, talvez mais variado do que hoje. Tendência é de crescimento. Ela tem um grande significado para o país, até educacional. O futuro dela é ampliar o que ela já desbravou”, diz.

A apresentadora Glória Maria opina que a mudança mais impactante até hoje foi aproximar mais os brasileiros e fazer com que todos tivessem a possibilidade de se ver e de se reconhecer a partir da imagem. “A gente começou a ter ideia de tudo o que cabe dentro do mundo. Creio que essa foi a mudança mais impactante provocada pela televisão e isso aconteceu a partir do momento em que esse meio de comunicação se tornou uma rede, por causa do Jornal Nacional”, finaliza.

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