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Vanessa Gerbelli diz que 'Novo Mundo' trata de amor e escravidão: 'É um presente para o público'

Atriz passa quarentena com filhos, e diz que é momento de 'lapidar relacionamentos'

Peter ( Caco Ciocler ) e Amália ( Vanessa Gerbelli )
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São Paulo

Intérprete de Amália na novela "Novo Mundo" (Globo), Vanessa Gerbelli, 46, diz que a atual reprise da trama, originalmente exibida em 2017, acontece em uma situação relevante.

"Nesse momento de crise política, em que a gente está, é muito importante pensarmos nas nossas raízes. Além disso, a colaboração história dessa novela é muito importante, além de ser artisticamente muito bonita e interessante", afirma a atriz. "Acho que essa novela é um presente pro público. Falar do amor, da história do Brasil, da escravidão, de relação de poder, de maternidade."

A atriz conta que tem passado o período de isolamento social no Rio de Janeiro com seu filho, Tito, 13, fruto de seu relacionamento com seu ex-marido Vinícius Coimbra,​ e sua mãe, que mora com ela desde que seu pai morreu.

"Estamos cuidando das nossas relações mesmo, e da nossa saúde. É muito importante a gente olhar para dentro neste momento e atentar para as nossas relações. Tem sido um momento muito rico pra gente lapidar os relacionamentos."

Como você recebeu a notícia da reprise da novela?
Adorei. Gosto muito de rever trabalhos antigos, apesar desse não ser tão antigo, pois tem três anos. É sempre bom pra gente se ver, ver nosso progresso como artistas, rever momentos e rever momentos da vida mesmo. Uma novela é quase um ano. São nove meses de experiência e a gente se transporta para aquela época.

Qual a importância da sua personagem?
Amália me demandou uma pesquisa em torno da histeria, da falta de memória, então foi muito importante pra ter tido informações sobre o que ela tinha, a doença, sobre o psicológico dela.

Que cena gostaria de rever?
A cena que eu fiz com o Chay [Suede, que viveu Joaquim] em que ela coloca o filho no colo. Ele já é um adulto. Foi muito bonita e emocionante.

Para você, qual foi a cena mais difícil de fazer?
Foi uma sequência sobre a retirada do filho dela. Um flashback que explicava toda a história. A cena foi emocionalmente difícil. Eu tenho filho e não tem como não se projetar na personagem.

Quais as suas lembranças das gravações?
Todas. A equipe era muito querida. Os parceiros que tive foram sensacionais. Caco Ciocler é um grande amigo. Isabella Dragão queridíssima, Jonas Bloch, Julia Lemmertz, só gente boa.

Como está sendo a repercussão da reprise, para você?
As pessoas repercutem com muito carinho e interesse. Ouço muito das pessoas que é um dos personagens que mais gostaram de me ver e o que mais gostaram que eu fiz. Amália tinha pureza, uma delicadeza que fiz pouco em novela, porque sempre pego umas bichas danadas, mas ela é muito doce e pura.

Como você acha que o público recebeu essa novela, depois de três anos?
Eu acho que muito bem. Todo trabalho feito com carinho, que foi feito desde a confecção do texto da Thereza Falcão e do Alessandro Marson. Eles são autores e pessoas interessantes, muito humanas. Eu acho que essa novela é um presente pro público. Falar do amor, da história do Brasil, da escravidão, de relação de poder, de maternidade, essa novela é muito rica, muito bonita.

Como você está passando esse período de isolamento?
Tenho convivido direto com meu filho de 13 anos, o Tito, e com minha mãe que depois que meu pai faleceu veio morar comigo no Rio. Então, estamos cuidando das nossas relações mesmo e da nossa saúde. É muito importante a gente olhar para dentro nesse momento e atentar para as nossas relações. Tem sido um momento muito rico para gente lapidar os relacionamentos.

Em quais projetos você estava trabalhando, antes da pandemia?
Eu estava com um projeto de teatro musical e todo o projeto da peça "Fim de caso" que é da autora da novela, Thereza Falcão. Tínhamos umas apresentações para fazer, mas também não rolou. Tínhamos vários projetos, mas agora é o momento de esperar.

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