E! terá reality com Lais Ribeiro sobre modelos transexuais: 'Estamos evoluindo junto à história'
'Todas elas têm uma força de vontade muito grande de querer provar que podem', diz angel
'Todas elas têm uma força de vontade muito grande de querer provar que podem', diz angel
O canal E! incluirá mais uma produção nacional em sua programação. Com previsão de estreia até o final do primeiro semestre deste ano, "Born To Fashion" será um reality show sobre modelos brasileiras transexuais, no qual diversas provas definirão a vencedora, que ganhará contrato com uma renomada agência de moda.
O programa já está todo gravado, inclusive a final, e terá em torno de 12 participantes (o número exato não pôde ser divulgado). A apresentação será da modelo angel da Victoria's Secret Lais Ribeiro, 29, que defende que o programa é de extrema importância nos dias de hoje.
"O canal me convidou e eu não pensei nem duas vezes. Aceitei na hora, porque o projeto é super especial e dá voz às meninas trans, que estão sofrendo todos os dias. O programa vai provar que elas são capazes de serem o que quiserem”, diz Ribeiro em entrevista ao F5. "Todas elas têm uma força de vontade muito grande de querer provar que podem, e só precisam de um espaço para isso."
Para se inteirar deste universo, ela conta que leu livros e assistiu a filmes, mas que só foi aprender realmente na prática, junto às modelos, sobre temas como “a luta, a aceitação e o uso de pronomes”. “Aprendi muito mais do que ensinei para elas. Foi o trabalho que mais me marcou, com certeza."
No reality, as modelos serão testadas em desafios diversos de moda, passarela e discurso. Ribeiro adianta que os dois desafios mais marcantes foram os de fotos nuas e de moda praia, pois as participantes não se sentiam confortáveis. No entanto, ela reforça a importância de treinar situações como essas, que são corriqueiras nas vidas das modelos.
A cada prova, uma delas é escolhida como destaque por uma equipe de jurados, e todas se mantêm no programa até o final dele. “Elas já passam por tantas coisas, que não queríamos colocar mais frustrações nas suas vidas", diz ela sobre a ausência de eliminações.
Ribeiro lamenta que o preconceito contra transexuais ainda exista, e afirma que gravar o programa foi um desafio pelo fato de muitas das modelos ainda não serem aceitas por suas famílias. Ainda assim, ela se mantém positiva sobre o futuro: “O preconceito ainda é tão grande, e um assunto tão delicado, que espero que o programa abra a cabeça das pessoas. Estamos evoluindo junto com a história”.
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