Televisão

Grazi Massafera diz que papel em 'Bom Sucesso' foi mais difícil que o de 'Verdades Secretas'

Atriz afirma que trama de Rosane Svartman e Paulo Halm a reconectou com própria essência

Alberto (Antonio Fagundes) e Paloma (Grazi Massafera) se reencontram na noite de Natal

Alberto (Antonio Fagundes) e Paloma (Grazi Massafera) se reencontram na noite de Natal Ellen Soares/Globo

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Rio de Janeiro

​Prestes a se despedir de "Bom Sucesso" (Globo), a protagonista Grazi Massafera afirma que aceitar o convite para a novela foi uma das melhores coisas que já fez na vida. A atriz revelou que por pouco não desistiu de interpretar Paloma.

É que a filha, Sophia, 7, entraria em fase de alfabetização e ela queria acompanhar esse processo de perto. No fim, deu tudo certo, e Massafera ri ao falar sobre a pequena, fruto de seu antigo relacionamento com Cauã Reymond, 39, que agora é casado com a modelo Mariana Goldfarb, 29.

"Ela falava: ‘mãe, vai trabalhar, fica tranquila’. E foi um ano muito especial. O Cauã ajudou demais, e Sophia teve muita maturidade. Foi o primeiro papel que deixei ela ver com mais frequência, acompanhar de verdade. Ela é apaixonada pela novela, assim como os amiguinhos", diz a intérprete de Paloma.

Grazi Massafera firma ter “trabalhado por três” na trama de Rosane Svartman e Paulo Halm. "Todo mundo me pergunta sobre ‘Verdades Secretas’, mas ‘Bom Sucesso’ foi mais difícil. A Paloma é uma mulher do cotidiano e tem muitas cenas. Já com a Larissa eu tinha mais tempo para estudar e poucos dias de gravação, então ia para o set mais segura. Agora foi preciso mais agilidade." 

A atriz foi bastante elogiada pela mídia e pelo público por seu desempenho como a viciada em drogas de "Verdades Secretas" em 2015, sendo premiada com Prêmio APCA, Troféu Imprensa e Melhores do Ano como melhor atriz coadjuvante, além de ter recebido uma indicação ao Emmy Internacional.

Massafera afirma que, por mais que sua atual personagem seja uma mulher do cotidiano, é difícil “fazer o simples”. Ela também destacou o bom clima nos bastidores da trama.

“Existe aprendizado e troca. Foi muito prazeroso ter atores como Antônio Fagundes, Fabíula Nascimento, Rômulo Estrela, Ângela Vieira... Além disso, nunca havia trabalhado com crianças tão talentosas, que querem estar ali por vontade própria e não por causa dos pais. Faz uma diferença imensa ter essas crianças tão disponíveis.”

Mãe do pequeno Peter (João Bravo) e das adolescentes Alice (Bruna Inoccencio) e Gabriela (Giovanna Coimbra) na ficção, Massafera conta que se inspirou na matriarca de sua própria família para viver a costureira da novela das 19h da Globo.

“Eu nunca fui mãe de adolescente na vida real né, mas me inspirei muito na minha mãe, nas minhas amigas e nas pessoas que encontrei na rua. Essa personagem está em todo canto do Brasil. Tem Palomas por todos os lados. Foi muita sorte, honra e foi e muito especial eu estar preparada no momento que essa personagem veio para mim.”

A atriz revela também que a costureira de “Bom Sucesso” a fez se reconectar com sua essência: “Acho que a Paloma me fez entrar em contato novamente com a simplicidade das relações e das coisas”. O último capítulo da novela será exibido na próxima sexta (25). Agora, Massafera quer tirar um tempo de férias.

“Vou grudar na minha pequena! Já estou organizando pacotes de viagens para aproveitar o máximo que eu puder, ficar um pouco quietinha e me alimentar de coisas novas, observar. É tão bom viajar quando a gente tem condição para isso. Eu não sabia, achava que tinha que só trabalhar, trabalhar e trabalhar. Aí chegou um momento que vi o quanto é especial poder se dedicar e investir nisso”, diz.

Com a sensação de dever cumprido após o desafio de interpretar mais uma protagonista na TV, Massafera faz ainda uma reflexão sobre a carreira como atriz de novelas, que teve início em 2006, na novela “Páginas da Vida”, de Manoel Carlos, logo após ter participado da quinta edição do reality show Big Brother Brasil.

“Eu aprendi aos olhos do público. Geralmente você começa aos poucos e vai conquistando espaço. Eu fui jogada aos leões. Falam ‘vai’, e eu ‘tá bom, vou fazer’, e venho atingindo maturidade com a profissão e me apaixonando. Fiz o caminho inverso. E não era atriz, não ligava para ser atriz. Queria dinheiro para sustentar minha família. Hoje sou apaixonada pela profissão.”

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