Vandré Silveira entra em 'A Dona do Pedaço' como advogado de Jô: 'Ela é um rolo compressor de maldade'
Após viver personagem bíblico, o ator terá papel de destaque na trama da Globo
Após viver personagem bíblico, o ator terá papel de destaque na trama da Globo
O ator Vandré Silveira, 38, foi de amigo do Messias a "advogado do diabo". O intérprete de Lázaro na novela "Jesus" (Record), que terminou em abril, agora volta às telinhas como o advogado Tibério Requião, que defenderá a grande vilã de "A Dona do Pedaço" (Globo), Josiane (Agatha Moreira).
Acusada de dois homicídios, a ex-influencer vai a júri popular nos próximos capítulos da trama. A entrada de Tibério está prevista para o capítulo do dia 8 de novembro. "Lázaro era um amigo, um homem muito próximo de Jesus e o público tinha grande empatia por ele. Agora, fazendo o Tibério, que defende a grande vilã da novela, as pessoas vão ficar um pouco receosas em relação ao personagem", diz Silveira.
O ator, que já tinha feito participações menores em produtos da Globo, como as novelas "Malhação", "O Profeta" (2006-2007) e "Viver a Vida" (2009-2010), comemora o novo desafio. "Tibério me apresenta um universo completamente novo, me fazendo questionar muita coisa. Ele me faz pensar sobre a minha postura pessoal na vida. É bacana quando o personagem te mobiliza nesse nível."
Ainda sem saber como a personalidade do advogado será desenhada ao longo da trama, Silveira diz que, por enquanto, não o considera exatamente um mau caráter. "Todas as pessoas possuem o direito de defesa. Mesmo a Josiane, com todas as maldades que fez, tem direito a defesa. Tibério entra nesse lugar profissional de defendê-la. Estou olhando por esse lado."
Ao se colocar no lugar de Tibério, Silveira afirma que, por questões éticas, provavelmente não defenderia Josiane. O ator, porém, reflete sobre a escolha profissional de seu personagem, aceita suas possíveis contradições e evita julgar o caráter de Tibério de forma definitiva.
"Será que dá para considerar Tibério um cara corrompido? Não consigo ter certeza. Mas pensando aqui, eu, Vandré, se eu fosse advogado e houvessem provas tão fortes de que uma pessoa é assassina, eu não aceitaria a causa, por uma ética pessoal", diz.
"Isso tudo faz a gente pensar muito no que significa a verdade, isto é, uma construção, um ponto de vista. Tem a questão das provas, claro. Existe uma foto que mostra Josiane empurrando Jardel, mas ela disse em determinado momento que ele a estava agarrando. Como espectador, a gente sabe que ela é uma assassina, mas é interessante analisar esse outro lado. Acho fantástico esse mundo do direito."
Silveira adianta que seu personagem conseguirá negociar com Fabiana (Nathália Dill) um depoimento favorável a Josiane. Isso porque a sobrinha de Maria da Paz (Juliana Paes) ficará com medo de que a ex-influencer a denuncie por extorsão. "Você vai vendo a mudança de postura dos personagens de acordo com o interesse de cada um”, diz o ator.
Ele, no entanto, não acredita que Tibério conseguirá livrar Josiane da prisão. “Ela é um rolo compressor de maldade [risos]. Não vejo muito como não ser condenada."
Em 2020, Vandré Silveira estreia a série “Amor dos Outros”, exibida pelo canal CineBrasilTV. As gravações aconteceram no Maranhão neste ano. Seu personagem, o caminhoneiro Eurípedes, é completamente apaixonado pela esposa, Sandra (Júlia Horta), que tem o desejo de adquirir uma casa própria.
Enquanto ele faz longos fretes para conseguir dinheiro, a mulher começa a trabalhar como arrumadeira em um motel, em segredo. "Eurípedes é meio rústico, machista, e não aceita que ela trabalhe. Ele acaba descobrindo que ela está lá, acha que ela o está traindo e dá uma confusão danada… É uma comédia dramática", diz Silveira.
"Ele também esconde coisas dela. Nessa série, são abordadas pequenas mentiras que parecem não fazer mal a ninguém (...) No fim das contas, eles vão entender a importância da sinceridade e da honestidade em uma relação", completa.
Vandré Silveira também trabalha em um projeto teatral para o ano que vem: a peça “A Hora do Boi”, com texto assinado por Daniela Pereira de Carvalho e direção de André Paes Leme. O espetáculo, até então sem patrocínio, propõe uma visão antropológica sobre a exploração dos animais pelo homem, através da história dos personagens “seu Francisco”, que trabalha em um abatedouro de bois, e do bezerro, Chico, com quem cria uma relação de afeto.
"O homem tem se colocado numa relação superior aos outros seres. Sou um cara que gosta de pensar sempre no equilíbrio. Não estou radicalizando o diálogo e dizendo que temos que parar de consumir carne, mas é preciso um consumo consciente em relação a tudo, e o respeito aos animais é fundamental."
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